Arouca: solo fértil para goleadores
Jackson e Aboubakar marcaram sempre que jogaram na cidade serrana. Soares e André Silva procuram manter a tendência
Brasileiro tenta a aproximação ao recorde de Pena, que em 2000/01 marcou nas primeiras nove rondas pelos dragões. Arouquenses são uma das raras vítimas que lhe faltam na I Liga; André bisou no Dragão
O percurso até Arouca pode ser sinuoso, mas a cidade que fica numa das encostas da Serra da Freita tem sido solo fértil para os últimos goleadores do FC Porto. Jackson e Aboubakar nunca ficaram em branco nos dois jogos lá efetuados e servem de exemplo para Soares e André Silva, que procuram esticar a boa fase que atravessam, em particular o brasileiro, que marcou nas cinco jornadas que leva de azul e branco. A de hoje, aliás, tem um incentivo extra para Tiquinho, que tenta tornar-se apenas no quarto jogador da história do clube a marcar nos primeiros seis jogos após a estreia na competição, juntamente com Correia Dias (1941/42) e os compatriotas Flávio Minuano (1971/72) e Pena (2000/01), detentor da série mais longa sempre a faturar (nove rondas).
Face ao aperfeiçoamento do entendimento entre os dois avançados, suportado pelas declarações públicas de ambos e pela exibição com o Nacional, tudo aponta para que Nuno Espírito Santo não desfaça a sociedade entre Soares e André Silva em Arouca. Os dois foram responsáveis por dez dos 16 golos do FC Porto desde o clássico com o Sporting, encontro em que coincidiram pela primeira vez no onze, pelo que o rendimento aconselha a manutenção de uma aposta que só não aconteceu uma vez: no dérbi com o Boavista. Aí, Soares resolveu sozinho. Mas na altura havia Corona (lesionado) e agora não há, por muita vontade que o mexicano tivesse de voltar ao local onde se estreou com um bis.
Chaves, Rio Ave, Feirense, Moreirense, Arouca e... FC Porto foram os únicos clubes da atual I Liga que ainda não sofreram um golo de Soares