O Jogo

Reviravolt­as e polémica

Festival de golos, cambalhota­s no marcador e expulsões

- MELO ROSA

Pedro Emanuel tem razões para sair otimista da estreia à frente do Estoril. A sua equipa bateu-se bem e foi feliz no final de um jogo em que o Vitória exibiu sinais de grandeza

Espetáculo de gala. Vitória de Guimarães e Estoril protagoniz­aram um jogo de altíssimo nível, louvavelme­nte emotivo, com futebol de qualidade, seis golos e final explosivo. O golo do empate, de Mattheus, acabou por ser o ponto final de uma história cheia, daquelas obras que lemos do princípio ao fim com um saboroso entusiasmo.

Os erros de Tiago Martins, que continua a dar provas de que não merecia receber as insígnias de forma precoce, são insuficien­tes para tirar brilho a um autêntico show de bola das duas equipas. O árbitro de Lisboa terá ajuizado mal um desvio de Diogo Amado com o braço, após remate de Rafael Miranda, e, no segundo amarelo a este jogador do Vitória, revelou dualidade de critérios, pois não avaliou outros lances do mesmo modo. A expulsão de Tozé terá sido por protestos e a de Joel pareceu uma compensaçã­o de equívocos anteriores. Mas o que importa destacar é, sublinhe-se com letras gordas, uma noite de luxo.

Na estreia de Pedro Emanuel, o Estoril começou por cima. No primeiro lance de ataque, Kléber concluiu uma assistênci­a de Carlinhos e colocou os canarinhos em vantagem. O Vitória demorou a recompor-se e só a partir dos 20 minutos, sensivelme­nte, é que começou a controlar as operações. A capacidade de desequilíb­rio de jogadores como Hernâni ou Marega começou a ter efeitos práticos e, perante um Estoril bem organizado, levou a ocasiões de perigo. Faltou, no entanto, finalizar com acerto para pelo menos empatar antes do intervalo.

A segunda parte foi de loucos: o Vitória empatou, o Estoril reagiu na jogada seguinte, com mais um golo, e em sete minutos os minhotos deram a volta. Excelente atitude da equipa de Pedro Martins, que, mesmo com nove, deu sinais de coragem e qualidade. Só que no último momento do jogo foi incapaz de travar a capacidade de finalizaçã­o de Mattheus, que, com um golpe de cabeça mortífero, gelou o estádio.

 ??  ?? Marega, do V. Guimarães, escapa a Mattheus e Diogo Amado
Marega, do V. Guimarães, escapa a Mattheus e Diogo Amado

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal