O Jogo

Boavista-Marítimo 3-0

Iuri Medeiros, cedido pelo Sporting ao Boavista, acabou com a invencibil­idade do Marítimo, que já ia em dez jornadas, com dois livres soberbos e a assistênci­a para o 3-0 de Bulos

- MÓNICA SANTOS

Há mais de um ano que o Bessa não assistia a uma vitória assim, farta, simplifica­da pela arte de um jovem sportingui­sta que acertou no Marítimo nos momentos-chave

O Marítimo que Daniel Ramos trazia sem derrotas há dez jornadas caiu no Bessa. Acertaram-lhe em cheio dois livres de Iuri Medeiros que deixaram o sexto lugar com a apenas quatro pontos dos axadrezado­s e o quinto seguro para o Vitória de Guimarães. O melhor resultado da época começou a desenhar-se ao cabo de 225 minutos sem golos, três jornadas de jejum que acaba- ram quando o infeliz Zainadine (substituto do trinco Erden Sem, baixa importante) tocou Iuri Medeiros junto à meia lua e lhe deu o enquadrame­nto perfeito para um livre à medida da imaginação daquele pé esquerdo açoriano, que ignorou a barreira e fez a bola entrar à direita do impotente Charles. O golpe não surpreende­u. O jogo fazia-se de equilíbrio­s, com o Boavista a carregar mais e melhor do que até aqui, porque isto de jogar sem o fantasma da descida deixa margem para surgir em campo o que os jogadores têm de melhor e isso pode explicar a fluidez do jogo, que a reação do Marítimo não perturbou. Com várias ausências para disfarçar, e agora sem Dyego Sousa, que vai, finalmente, cumprir o castigo que merece por ter agredido um árbitro, Daniel Ramos viu a equipa tentar dar resposta. Bem a circular a bola, com Éber Bessa cheio de pressa, Ghazaryan sempre lúcido e Keita com pouco espaço, os madeirense­s tiveram a melhor ocasião aos 38’, quando este último fugiu para a direita e colocou a bola a jeito do cabeceamen­to de Fransérgio. A hipótese de empate voou sobre a trave e, na segunda parte, a pressão visitante não se traduziu em situações de golo. Daniel Ramos trocou dois atacantes, mas, no minuto seguinte, novo livre de Iuri Medeiros, agora para a esquerda de Charles, deixou a tarefa mais difícil e o Boavista ainda mais à vontade para ir atrás de uma dessas raras vitórias fartas. Num ataque rápido, o felino camisola 45, cedido pelo Sporting para ajudar a simplifica­r este campeonato em que há cada vez mais espaço para sonhar, ofereceu a Bulos o 3-0 e acabou com o jogo.

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Fábio Espinho parece ter o lance dominado perante Éber Bessa

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