O Jogo

Nuno Espírito Santo “Com 11 a consistênc­ia não foi quebrada”

Treinador portista satisfeito com o carácter dos jogadores, lamentando a expulsão de Maxi, que impossibil­itou a equipa de lutar de igual para igual

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Nuno diz que não há vitórias morais no FC Porto, mas sublinha a forma como a equipa jogou, apesar da inferiorid­ade numérica. Foco total no campeonato agora

Nuno Espírito Santo considerou que o FC Porto foi “claramente condiciona­do” pelas expulsões. “Ficará sempre a dúvida em nós como seria com onze, se seria diferente...”, atirou, satisfeito com a demonstraç­ão de carácter dos jogadores. Sobre a arbitragem, nenhum reparo: “Nesta expulsão, o árbitro cumpriu a lei.” Já sobre a lei, a opinião é outra: “Tem de ser revista, porque uma equipa não pode ser penalizada duas vezes com o penálti e a expulsão”.

Esse foi claramente o lance que marcou o jogo. “Até aí houve um FC Porto a assumir o jogo a tentar discutir a eliminatór­ia, sabendo que tinha de fazer dois golos. Não abdicou do seu jogo, esteve consistent­e, soube fazer contenção defensiva e teve uma posse que lhe permitiu estar muito bem até aos 40’”, analisou, elogiando a segunda parte da equipa. “Não há vitórias morais, mas foi uma grande demonstraç­ão de carácter por parte dos jogadores. Tiveram oportunida­des e um golo para dar verdade ao jogo eà eliminatór­ia seria um justo prémio para os adeptos, que nos apoiaram sem parar”, sublinhou. Ainda assim, sabia que dar a volta à eliminatór­ia seria quase impossível. “Não vou ser surrealist­a e dizer que poderíamos fazer três golos. Estávamos condiciona­dos, a Juve tinha a posse de bola e tínhamos de ser consistent­es no meio-campo. Discutir o jogo pelo jogo seria difícil, mas um golo seria justo”, insistiu.

Nuno não gostou do resultado, mas aplaudiu a atitude da equipa e destacou a solidez defensiva. “Fiquei satisfeito pela forma como interpretá­mos sempre o jogo. Foram muitos minutos com menos um – nas duasmãos–ajogar contra uma grande equipa. Com 11 não sofremos golos, a nossa consistênc­ia defensiva não foi quebrada. Os jogadores fizeram um bom trabalho, num processo decrescime­nto ”, acrescento­u, antes de abrir um parênteses­p ara falara os portistas presentes em Turim .“Queria agradecer decoração o apoio do adeptos, que os jogadores sentiram, e dar uma grande palavra aos jogadores porque esteéo caminho. Não há vitórias morais, repito, mas há que falar do apoio que nos fez ter este carácter”, frisou, recordando a juventude da equipa. “Estamos a falar da Champions e muitos dos jogadores estiveram nos oitavos de final pela primeira vez, demonstran­do que estão capacitado­s para jogar a este nível.”

A terminar, o campeonato nacional. “É o nosso objetivo, e no domingo temos mais um jogo [V. Setúbal] e vamos prepará-lo bem. O FC Porto é candidato ao título. Estamos num ciclo que neste ano temos de romper”, recordou.

“Não há vitórias morais, mas foi uma grande demonstraç­ão de carácter por parte dos jogadores” “O árbitro cumpriu a lei, mas esta tem de ser revista porque uma equipa não pode ser penalizada duas vezes com o penálti e a expulsão” “O FC Porto é candidato ao título. Estamos num ciclo que neste ano temos de romper” Nuno Espírito Santo Treinador do FC Porto

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André André foi dos melhores do FC Porto, com bola e na tentativa de a recuperar

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