POUPANÇA DE GOLOS LONGE DA PEDREIRA
Os jogos fora têm sido o principal problema dos arsenalistas, que têm o quarto pior ataque do campeonato na condição de visitantes
A capacidade goleadora do Braga em casa (27 golos marcados, apenas atrás de Benfica e FC Porto) contrasta com o registo nos jogos fora, em que só Marítimo, Tondela e Nacional fazem pior
Apesar de os responsáveis do Braga terem anunciado, no início da temporada, o objetivo de assistirem a uma “aproximação aos três grandes”, a verdade é que os arsenalistas já estão com menos quatro pontos do que na 25.ª jornada da época passada, mesmo que, com Paulo Fonseca, a equipa ainda estivesse envolvida, por esta altura, em outras competições que acabariam por prejudicar (a nível pontual) a participação no campeonato. Até ao momento, o desperdício de 17 pontos nos últimos oito jogos (só uma vitória, na receção ao Arouca) não resultou na perda do quarto lugar, mas tem ajudado a transformar esta época numa imensa desilusão para os adeptos do Braga.
O problema, no entanto, está bem identificado: os jogos fora e, sobretudo, a incapacidade
revelada pela equipa para marcar golos sempre que joga longe da Pedreira. Em casa, o Braga marca mais do que o Sporting (27 golos, contra 25 dos leões), tendo até conquistado os mesmos pontos da equipa de Jorge Jesus (29). Fora, a história é outra, bem pior por sinal. Nesse campeonato dos visitantes, o Braga seria apenas oitavo classificado, um lugar originado, sobretudo, pela falta de golos. São apenas nove marcados, num registo negativo que só Marítimo (5), Tondela (6) e Nacional (8) conseguem bater. “Gosto de pensar que nos preparamos para jogar em casa e fora exatamente da mesma maneira. O facto de não ganharmos fora deve-se a um conjunto de fatores”, disse Jorge Simão, no final do jogo de Chaves, e antes de uma nova saída, desta vez ao Belenenses.
Mas há mais dados preocupantes sobre o assunto: duas das três vitórias surgiram logo nos primeiros dois jogos (V. Guimarães e Estoril), ao qual acresce apenas o triunfo garantido em Alvalade. Desde a chegada de Jorge Simão, os cinco jogos fora para o campeonato resultaram em quatro empates e uma derrota, mas também em dois golos marcados. Pouquíssimo. Inverter definitivamente esta tendência é o objetivo para o confronto no Restelo.