Braga quer acolher 200 mil com o rali
Capital do Minho sucede ao Porto na etapa citadina do Rali de Portugal. Carros aceleram no centro histórico bracarense no dia 19 de maio, por duas vezes
Investimento da autarquia foi de cerca de 500 mil euros, que espera um retorno direto que cerca de oito milhões de euros. Com patrocínios e apoios, o custo da etapa não deve ultrapassar os cem mil euros
Dezanove anos depois, Braga volta a acolher o rali de Portugal, agora com a realização de uma especial citadina, com quase dois quilómetros desenhados no centro da cidade. Um evento “à escala planetária”, segundo o presidente da Câmara, Ricardo Rio, acreditando na presença de “200 mil visitantes” nesse dia. “Isso vai refletir-se num ganho direto [que], no Porto [em 2016] foi de cerca de oito milhões de euros, e indireto, com a projeção da marca Braga em todo o mundo com efeito duradouro”, frisou o edil.
A autarquia investiu cerca de 500 mil euros no evento, mas espera amortizar cerca de 400 mil com patrocínios e receitas de bilheteira.
Depois de o Porto ter acolhi- do a Street Stage (etapa de rua), o Automóvel Clube de Portugal (ACP) mudou-se um pouco mais para norte, mas Carlos Barbosa (presidente do ACP) entende que “não houve troca”. “O Porto foi um suces- so e Braga também vai ser. Mas há uma alma diferente em Braga, sente-se mais o auto- mobilismo, há mais paixão pelo desporto automóvel, além de ficar mais perto do pú- blico espanhol, que é muito importante”, disse, anteven- do que até os pilotos vão gostar mais. “É mais técnica do que a do Porto, o que agrada mais aos pilotos”, anteviu.
Para fazer face às necessidades, serão criados dois parques de estacionamento especialmente para o efeito, um no Estádio Municipal de Braga e outro junto ao Leclerc. Daí partirão autocarros de cinco em cinco minutos para o centro da cidade.