O Jogo

Rui Vitória “Podem contar connosco até ao fim, até à última gota de suor”

ANÁLISE O técnico do Benfica assegurou que o empate antes da receção ao FC Porto “não muda em nada” a postura das águias. Sobre o clássico e o resto da época, “a abordagem será a mesma”

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“No momento da decisão não fomos o que costumamos ser e acabámos penalizado­s” “Os campeões não se fazem com caminhos libertos de obstáculos, fazem-se de percursos difíceis. É isso que dá mais valor às vitórias” “Falta de fulgor nos jogos fora? Isso é olhar apenas para os números” “Do ponto de vista defensivo, a nossa equipa tem quatro jogadores nos dez de campo. Quando Jiménez entrou já tínhamos muita gente na frente”

Para o treinador, a equipa apenas não teve “eficácia na finalizaçã­o” em Paços e “não teve falta de fulgor”, nem neste jogo nem noutros fora da Luz em que venceu pela margem mínima

A derrapagem do Benfica em Paços de Ferreira deveu-se à falta de eficácia ofensiva, analisou Rui Vitória, que desvaloriz­ou a eventual perda da liderança para o FC Porto nas vésperas do clássico com os dragões, na Luz. “Faltou ser mais eficaz na finalizaçã­o. Fizemos uma primeira parte muito boa, a circular muito bem mas, no momento da decisão, não fomos o que costumamos ser e acabámos penalizado­s. Desde o início dissemos que o campeonato iria ser disputado até ao final, embora estivesse convencido que fosse por mais equipas. Podem contar connosco até à última jornada, até à última gota de suor. Ainda há muitos jogos pela frente, as equipas vão perder pontos e nada altera a nossa postura, era o que faltava!”, frisou Rui Vitória. E acrescento­u: “Os campeões não se fazem com caminhos libertos de obstáculos, fazemse a ultrapassa­r momentos complicado­s, a ter percursos difíceis e é isso que até dá mais valor às vitórias. Isto não muda em nada a nossa postura e a abordagem aos próximos jogos será a mesma.”

Olhando para o que foi o jogo de ontem, Vitória viu uma primeira parte da sua equipa com “grande dinâmica, uma pressão muito grande sobre o Paços”. Já as alterações feitas na segunda etapa, serviram“para dar mais velocidade, criativida­de, manter a intensidad­e e pôr mais homens no coração da área”. “Nunca há momentos bons para perder pontos e ninguém quer que isso aconteça. Agora só há um caminho, que é focar no que há a melhorar e preparar os jogadores de forma ainda mais forte. Não sou pessoa de fugir a desafios, antes pelo contrário; quando as coisas são assim, ainda mais tenho vontade de ir para eles”, atirou o técnico.

Questionad­o sobre um menor fulgor do Benfica fora de casa nas partidas mais recentes, Vitória discorda. “Isso é olhar apenas para os números. Se calhar nem se lembram da história dos jogos [vitórias em Braga e na Feira, com o Feirense, por 1-0]. Aceito que digam que ganhamos por 1-0, agora fulgor, mostrámos mais do que o suficiente”, disse.

Rui Vitória explicou também porque apostou tão tarde em Jiménez. “Já tínhamos muita gente na frente. Metemos o Raúl quando mudámos o posicionam­ento da equipa, aproveitan­do um jogo mais direto por ser um jogador mais possante na área. A nossa equipa tem, no ponto de vista defensivo, quatro jogadores nos dez de campo: os dois centrais, a posição 6 e um lateral, o resto são só jogadores para atacar. Se foi tardia a sua entrada? Já lá tinha tantos...”, analisou o treinador dos encarnados.

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Jiménez ainda tentou mudar o rumo do jogo mas Bruno Santos não deixou

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