Com duas faces na bola parada
Marcano alertou para o perigo dos lances estudados. Dragão marcou em 15, mas também encaixou em seis
Portistas estão avisados para o facto de a equipa setubalense ser uma das que mais marcam na Liga em jogadas de laboratório. Evitar nova derrota antes da visita à Luz, como sucedeu em 2015/16, é objetivo
Os lances de bola parada poderão ter grande importância no FC Porto-V. Setúbal de hoje. As duas equipas estão entre as que mais faturam no campeonato nos denominados lances de laboratório – só o Boavista faz melhor –, mas também já sofreram alguns desgostos .“Muitos jogos resolvem-senas bolas paradas e isso tem-nos sido fatal”, queixavase anteontem o setubalense Fábio Pacheco, um dia depois de Marcano ter alertado para a necessidade de evitar estes lances, que estiveram na origem de mais de 50 por cento dos golos sofridos pelos portistas na I Liga. “Não nos estão a criar muitas ocasiões no jogo corrido; podem causar-nos mais danos nas bolas paradas, com livres perto da área. Por isso é importante que as faltas sejam feitas mais à frente no terreno”, avisou o espanhol.
Documentado ou não com os registos defensivos do FC Porto, a verdade é que Marcano acertou em cheio na análise. Dos seis golos que os azuis e brancos encaixaram na sequência de lances de bola parada, três foram resultantes de livres indiretos: com o Sporting (Gelson), comoBo avista( Henrique) e como Estoril (Dankler). Rio Ave e Benfica marcaram-lhes na sequência decanto se os vila-condenses podem gabar-se de o terem feito de outra forma: num penálti.
Anular um dos pontos mais fortes do V. Setúbal pode por ser meio caminho andado para o FC Porto evitar nova derrota antes de uma deslocação à Luz. Na última época, recorde-se, os dragões perderam com o Arouca (3-1), mas esse até é um resultado raro desde o início do novo milénio. Em 16 jogos neste período antes da visita ao estádio do Benfica, os portistas venceram 75 por cento.