Continua a perseguição ao vizinho
Vitorianos consolidam lugar de acesso à Europa e apontam para cima
O Rio Ave entrou bem, aguentou-se uma hora, mas depois entrou em curto circuito com o dinamismo e a eficácia do V. Guimarães que continua perto do quarto lugar
O Vitória de Guimarães continua a dois pontos do quarto lugar, ocupado pelo grande rival, o Braga. Uma semana depois de ter escorregado na receção ao Estoril (empatou no último lance do jogo), a equipa minhota construiu um resultado dilatado diante do Rio Ave que, curiosamente, também na primeira volta, tinha sido derrotado pelo mesmo resultado, com três golos de Marega. É caso para dizer que Pedro Martins não teve, uma vez mais, piedade do anterior clube que representou. Amigos, amigos...
A vitória sobre o Rio Ave, que até entrou muito bem arrumado, cheio de coragem e com um futebol agradável, foi conseguida pela altíssima voltagem exibida na segunda parte e pelo modo, prático e eficaz, como desbloqueou a bem organizada teia montada por Luís Castro. Rafael Martins assumiu o papel de protagonista, assinando um golo de luxo e Heldon ajudou à missa, ao ser expulso por protestar com o árbitro Vasco Santos – uma decisão acertada, a contrastar com a grande penalidade, aos 45’, que não assinalou quando Petrovic empurrou Bruno Gaspar. Marega e Hernâni também desempenharam papéis influentes, contribuindo para uma história feliz que Texeira, o último dos trunfos de Pedro Martins, terminaria nos últimos minutos.
O equilíbrio a que se assistiu até ao intervalo – se bem que as melhores oportunidades tenham sido criadas pelo Vitória de Guimarães – foi desfeito após o regresso dos balneários. Com Raphinha no lugar de Bernard – alteração feita a cinco minutos do final da primeira parte –, Pedro Martins optou, na segunda metade do jogo, por um 4x4x2 com dois extremos a apoiar Marega e Rafael Martins. Uma aposta arrojada que baralhou o Rio Ave que acabaria por ficar de rastos depois do golo de Rafael Martins e da expulsão de Heldon. Com o apoio notável de adeptos entusiastas, o resto das linhas escritas pela equipa de Pedro Martins seria cumprido com mais brilho e arte. O Rio Ave saiu com honra, essencialmente pelo que mostrou na primeira parte.