O Jogo

A arte de saber sofrer segundo o central Gegé

Internacio­nal que se despediu da Mata Real com uma excelente exibição diante do Benfica está de regresso à seleção de Cabo Verde, com uma boa história para contar

- MÓNICA SANTOS ARMINDO CALÇÃO

Na época do Paços de Ferreira há um antes e um depois de Gegé. Contratado em Janeiro, a titularida­de dele explica a crescente solidez defensiva de quem quase não sabia o que eram jogos com a baliza a zero

De dispensáve­l no Arouca a imprescind­ível na fórmula da melhor fase do Paços de Ferreira nesta temporada foi um curto espaço de tempo. Talvez porque a realidade se impôs e não houve mesmo tempo para adaptação. Gegé mudou-se para a Mata Real e rapidament­e foi preciso preencher um dos buracos que, com frequência, se abriam no eixo de uma defesa constantem­ente abalada por lesões e castigos. O problema que Vasco Seabra herdara da era de Carlos Pinto resolveuse com a aposta no internacio­nal de Cabo Verde, 29 anos. Os últimos nove foram passados em Portugal, meia dúzia dos quais na I Liga, entre Marítimo e Arouca. Experiente, em teoria era o reforço de inverno ideal. A prática confirmou-o plenamente: Gegé entrou no onze no jogo com o V. Guimarães e assinalou a estreia com um triunfo. Passadas sete jornadas como titular, o Paços de Ferreira perdeu apenas uma vez (Estoril) e, anteontem, com o Benfica, confirmou a melhor série de resultados da época, com o 0-0 a selar cinco jornadas consecutiv­as sem derrotas. Os número de golos sofridos também caiu: dois nas últimas cinco partidas. Na era de Gegé, a equipa acabou por quatro vezes com a baliza a zero. “A minha integração na equipa foi muita rápida, muito boa e isso tem contribuíd­o para que as coisas defensivam­ente nos estejam a sair bem”, explica o central. O último exercício de resistênci­a no eixo defensivo empatou o Benfica na luta pelo título. Foi um ponto para a arte de saber sofrer, resumiu o central que devolveu a serenidade ao Paços de Ferreira: “É muito difícil defrontar uma equipa com a qualidade do Benfica, mas soubemos sofrer na primeira parte e na segunda já conseguimo­s sair melhor para o ataque”. Depois da grande exibição com o Benfica, Gegé troca a Mata Real pelo Luxemburgo, onde jogará por Cabo Verde. Foi convocado para o particular com a seleção local, no dia 28. Cabo Verde prepara-se para iniciar, em junho, o apuramento para a CAN’2019. Tony Taylor é outro pacense na seleção: o Panamá convocou-o para o jogo com os Estados Unidos da América. “A minha integração na equipa foi muita rápida, muito boa, e isso tem contribuíd­o para que as coisas defensivam­ente nos estejam a sair bem” “É muito difícil defrontar uma equipa com a qualidade do Benfica, mas soubemos sofrer”

Gegé

Defesa-central do Paços de Ferreira

 ??  ?? Gegé ajudou a manetr a baliza a zeros perante o Benfica
Gegé ajudou a manetr a baliza a zeros perante o Benfica

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal