Águias ausentes em protesto
SELEÇÃO Além de Equipa do Ano, o Europeu conquistado em França valeu ainda a Portugal o inesperado prémio Prestígio. Ronaldo foi o melhor de 2016
Como se previa, Fernando Santos arrebatou o prémio de Treinador do Ano, batendo Rui Vitória e Vítor Oliveira. Renato Sanches superou Gelson e André Silva na corrida pelo prémio de Jogador-Revelação
A segunda edição da Gala Quinas de Ouro, organizada pela Federação Portuguesa de Futebol, serviu de consagração à Seleção Nacional que conquistou o Europeu no último verão, em França. A equipa das Quinas dominou os prémios, vencendo o troféu para Equipa do Ano masculina, com Fernando Santos a sagrarse Treinador do Ano e Cristiano Ronaldo Jogador do Ano. Porém, a Seleção Nacional foi ainda homenageada pela FPF com o prémio Prestígio. “Aqui todos temos memória, mas o respeito pelo passado não tolda o pensamento. Há 23 portugueses que a história nunca mais apagará”, sublinhou o presidente da federação, Fernando Gomes, ainda que só 17 dos campeões europeus tenham estado presentes – faltaram Anthony Lopes, Eduardo, Vieirinha, Ricardo Carvalho, Rafa e Nani. O primeiro é o único que foi chamado para o duplo compromisso com a Hungria e Suécia, enquanto dos restantes cinco, Nani ficou de fora por lesão.
O peso da conquista em França foi tal que a Seleção Nacional foi a que maior percentagem de votos teve entre os prémios sujeitos a votação; 84 por cento, contra os nove da Seleção Nacional de futebol de praia e sete dos sub-17, campeões mundiais e europeus, respetivamente. Fernando Santos e Cristiano Ronaldo dominaram, também eles, os respetivos prémios: o selecionador obteve 73 por cento dos votos, enquanto o avançado recebeu 65 por cento.
Assumindo ser “um orgulho” ver-se eleito Treinador do Ano, Fernando Santos dedicou o troféu ao grupo de trabalho, mas não esqueceu os atletas que ajudaram à presença em França e que ficaram pelo caminho. “Quero dedicar este prémio de forma muito particular aos jogadores que ao longo da campanha para o Euro tão fortemente estiveram ao serviço da Seleção, que foram muito importantes no percurso e que por razões várias não puderam estar presentes”, afirmou. Já o capitão de Portugal, apontando o “ano de sonho”, no qual venceu ainda a Liga dos Campeões pelo Real Madrid – “Foi superimportante, mas a cereja no topo do bolo foi o Europeu. Era o único que me faltava”, frisou –, aproveitou para deixar um recado. “Quero aproveitar para dizer que ninguém acreditava em nós, muitos dos que aqui estão não acreditavam em nós. A Seleção que não era favorita ganhou. Lutámos do primeiro ao último minuto”, referiu, destacando o papel de Fernando Santos na jornada de glória vivida em França, enquanto Bruno Alves, outro dos capitães, prometeu “continuar o bom trabalho no futuro para vencer mais prémios”.
Influenciado também pela presença no Europeu, Renato
A Seleção Nacional foi a que recebeu a maior percentagem de votos entre todos os premiados da noite, sendo eleita Equipa do Ano com 84 por cento