Jorge Jesus “Entrámos com pouca ação e depois transformámo-nos”
Técnico reconheceu que o Sporting teve um mau início contra o Arouca, mas mostrou-se satisfeito com o percurso da equipa, agora com seis vitórias em sete jogos
Técnico apreciou a reação dos jogadores após o golo do Arouca, mas também percebeu que a pressão de lutar pelo título, agora pouco justificada, ainda está bem presente
A vitória suada do Sporting fez Jorge Jesus refletir. O treinador assumiu a má entrada da equipa no jogo, mas lembrou que o Arouca é um adversário perigoso, especialmente em casa. “Há três pormenores fundamentais: primeiro a vitória; segundo, vir de uma série de sete jogos, seis vitórias e um empate, o que é um bom percurso nestes últimos jogos; terceiro, esta equipa do Arouca sempre foi difícil bater e depois a perder, mais complicado”, apreciou, elogiando, de forma moderada, a reação dos jogadores ao golo de Mateus. “Entrámos com pouca ação, pouco competitivos defensivamente,ofensivamentecom alguma qualidade, mas, depois de sofrer o golo, transformámo-nos com boas jogadas e conseguimos os golos”, observou.
A segunda metade do jogo é queficoumuitoaquémdasexpectativas do treinador. Ao intervalo, Jorge Jesus havia traçado um plano bem diferente e acabou por deparar-se com umtraumaespecialqueremetia claramente para a primeira volta do campeonato. “Vamos para a segunda parte a vencer e poderíamos ter mais segurança e equilíbrio, mas não houve. Era preciso mais bola como na última meia hora da primeira parte. O Sporting não está a lutar para o título, mas a pressão para o título ainda está muito nestes jogadores. Parece que têm medo de ganhar, fizemos uma segunda parte sofrida em defesa do resultado, mas importante é ganhar”, analisou, assumindo mais à frente ter ficado desiludido com a prestação dos seus jogadores na etapa complementar. “Estou satisfeito por termos ganho, mas queria que a equipa tivesse o mesmo comportamento da primeira parte”, repetiu. A ansiedade dos jogadores do Sporting foi evidente, mas Jorge Jesus já avisou o grupo que não há alternativa. É o custo de representar um grande, pelo que os momentos de serenidade serão sempre poucos até ao fim da temporada face às responsabilidades. “Não podemos trabalhar com tranquilidade porque estamos no Sporting e jogamos sempre para ganhar, independentemente da classificação”, referiu.
“Entrámos com pouca ação, pouco competitivos defensivamente, ofensivamente com alguma qualidade” “Vamos para a segunda parte a vencer e poderíamos ter mais segurança e equilíbrio, mas não houve” “O Sporting não está a lutar para o título, mas a pressão para o título ainda está muito nestes jogadores. Parece que têm medo de ganhar” “Não podemos trabalhar com tranquilidade porque estamos no Sporting e jogamos sempre para ganhar, independentemente da classificação”