ÁGUIA A BATER NO FUNDO
Desorganizados e desorientados perante um adversário experiente, o Benfica B somou ontem a quarta derrota consecutiva. Já os madeirenses não perdem há dez jogos
São tempos atribulados aqueles que se vivem no Seixal. O Benfica B, sem poder contar com Aurélio Buta e Rúben Dias, por castigo, somou ontem a quarta derrota consecutiva perante o União da Madeira, num jogo no qual só es- boçou alguma reação depois de o resultado estar consumado. No sentido oposto, os madeirenses respiram confiança e já não sabem o que é perder há dez jogos – o último desaire foi em casa do Penafiel (3-1), a 5 de fevereiro.
Desde o apito inicial, a formação comandada por Jorge Casquilha mostrou-se mais desinibida dentro de campo, perante um adversário apático e com muitas dificuldades em ligar os sectores. Depois de três boas oportunidades, o União inaugurou o marcador sem surpresas, num lance que começou com um erro de Zlobin, aproveitado por Cédric, que depois assistiu Luís Carlos.
Completamente desorientados, Zlobin ainda impediu que Luís Carlos bisasse, aos 24’, mas nada podia fazer, aos 31’, quando Cédric fez o 2-0.
Insatisfeito com o desenrolar dos acontecimentos, Hélder Cristóvão mexeu ainda na primeira parte, com a entrada Gedson, e, antes do início da etapa complementar, colocou João Félix, jogador que foi dos mais inconformados, mas pouco conseguiu fazer para alterar os acontecimentos.
Equipa experiente e que ainda acalenta algumas esperanças em estar na I Liga na próxima época, o União deu iniciativa ao oponente no segundo tempo e explorou o contraataque. Foi em lances desse género que Nsor bisou e construiu a goleada. Primeiro, após uma assistência de Rúben Lima, depois aproveitando mais um erro de Zlobin, que não agarrou a bola e permitiu a recarga.
Apesar dos poucos argumentos para contrariar a supremacia dos madeirenses, o Benfica B poderia ter reduzido, por Zé Gomes, aos 70’,e João Félix, aos 71’.