O Jogo

Imagens mostram agressão agress de Samaris a Diego Ivo

Com um onze de gala, o Benfica produziu pouco, não se livrando de vários calafrios perante a pressão e intensidad­e do Moreirense, que merecia mais

- Textos MARCO GONÇALVES

Após a ultrapassa­gem do FC Porto à condição, a que reagiu com sucesso pela quinta vez, o líder Benfica não escondeu a intranquil­idade fora da Luz. E a próxima deslocação é a casa do Sporting...

Dependente de si próprio para chegar ao título, o Benfica precisou ontem de muita fé. A mesma fé que Rui Vitória diz alimentar o técnico do FC Porto, Nuno Espírito Santo, rumo ao título esteve ontem do lado encarnado. Em serviços mínimos e empurrado pelo Moreirense, o Benfica teve de se fiar na cabeçada certeira de Mitroglou, que aos 42’ adiantou o tricampeão no marcador. A partir daí, praticamen­te só deu Moreirense. A equipa de Petit criou autênticos momentos de sufoco numa equipa que não consegue esconder a sua intranquil­idade e falta de confiança. E só mesmo a sorte e a falta de acerto na finalizaçã­o dos jogadores do emblema minhoto– Lindelofta­mbém teve mérito, ao limpar a bola de Draméem cima da linha – permitiram ao Benfica voltar à liderança da I Liga.

Entrando, na teoria, de peito cheio, fruto do onze de gala formado por Rui Vitória (teve pela primeira vez esta época todas as suas principais armas disponívei­s para iniciar um jogo...), o Benfica não conse- guiu, porém, encontrar maneira de quebrar a organizaçã­o dos cónegos. De tal forma que nos primeiros 20 minutos praticamen­te não houve balizas na partida. À posse de bola das águias, que não conseguiam ligar sectores, fruto dos muitos passes falhados, o Moreirense respondia com rápidas transições, apostando na velocidade de Boateng e Dramé – o avançado que já passou pelo Sporting deu emoção ao jogo do início ao fim, colocando constantem­ente em sentido a defesa benfiquist­a, nomeadamen­te Nélson Semedo.

A circulara bola com lentidão, os encarnados, que permitiam frequentem­ente o reposicion­amento dos defesas da turma da casa, chegavam com pouco perigo à baliza de Makaridze. A solução caiu do céu numa bola parada. Mitroglou colocou o Benfica em vantagem, tirando um peso de cima de jogadores, e RuiVitória, que sofria visivelmen­te com cada opção falhada dos seus jogadores ou com... algumas decisões deTiago Martins, protestand­o frequentem­ente.

Habituada vencera partir do momentoemq­ue chega à vantagem – o clássico foi exceção –, o campeão não ganhou, porém, qualquer almofada emocional.O Moreirense entrou a todo o gás no reatamento, empurrando o adversário. Agressivo e intenso na pressão, o conjunto da casa anulava facilmente a tentativa de gestão das águias, que caíam na estratégia criada por Petit. O Benfica pôs-se a jeito para o jogo de transições que o Moreirense sempre procurou, vendo os seus defesas à mercê dos velocistas dos cónegos. Vitória aconselhav­a calma aos seus jogadores, pedindo-lhes para jogarem mais juntos. Ofensivame­nte, o Benfica roçou a nulidade, passando por inúmeros calafrios para quebrar a pior série sem vencer na era RuiVitória (três).

A defesa da liderança foi feita com sucesso – pela quinta vez as águias resistiram à ultrapassa­gem à condição do FC Porto –, mas à custa de muito sofrimento, sendo evidente o problema que o Benfica vive fora da Luz. E a próxima saída é a... casa do Sporting. Já o Moreirense, que merecia mais, prolongou o sofrimento, estendendo a série longe das vitórias para dez jogos. Tudo desde a conquista da Taça da Liga...

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Jonas foi rendido por Samaris já muito perto do fim
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