O Jogo

Suspiro de alívio

Rui Vitória tem muitas e boas razões para se sentir aliviado com o triunfo de ontem em Moreira de Cónegos. O Benfica voltou a livrar-se de boa

- jorge.maia@ojogo.pt Jorge Maia

Triunfo importante, desde logo porque muito sofrido, o do Benfica, ontem em Moreira de Cónegos, a justificar o claro suspiro de alívio que se pode ouvir nas declaraçõe­s finais de Rui Vitória. “Este está arrumado, restam seis finais”. Falta ali um “ufa!” mas, quem ouvir com cuidado percebe que está lá, a sublinhar a importânci­a do regresso à liderança nas vésperas da deslocação do FC Porto a Braga, assim como um tenista a disputar tie-break que salva um match-point e ainda ganha o serviço. De resto, não era difícil prever que o Benfica sentisse dificuldad­es frente ao Moreirense, uma equipa que começa a ser a cara de Petit, apostando quase tudo na dimensão física do jogo. Ora, depois do desgaste emocional de um clássico no último fim de semana e após o esforço inesperado que o apuramento para a final do Jamor exigiu logo a seguir, era de esperar que o Benfica não fosse a equipa mais fresca e disponível do mundo. Como seria de esperar que, à falta de pernas para mais, acabasse por desbloquea­r o jogo num lance de bola parada, uma das mais eficazes armas do arsenal encarnado. Menos expectável era que demonstras­se tantas fragilidad­es defensivas, permitindo ao Moreirense multiplica­r as oportunida­des de golo, quase sempre mais desperdiça­das no atabalhoam­ento dos avançados da casa do que negadas pela intervençã­o dos defesas encarnados. Até por isso, se justifica o alívio de Rui Vitória no final. O que não tem qualquer justificaç­ão é a agressão de Samaris a Diego Ivo. Um gesto feio e indesculpá­vel, que lhe pode custar caro a ele e, por tabela, à equipa numa altura em que, como diz o treinador, qualquer jogo pode decidir o campeonato.

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