Moldura penal
prevê de um a dez jogos de suspensão
O Sporting apresentou uma queixa na Comissão de Instrutores (CI) da Liga, procurando que o camisola 7 encarnado seja punido de imediato através de um processo sumário, afastando-o do dérbi de dia 22
A agressão a Diego Ivo, vista através das imagens televisivas, nos últimos instantes da partida com o Moreirense, pode custara Sam a ris o resto da temporada. Isto porque de acordo com o artigo 151.º do Regulamento Disciplinar da Liga, referente a “agressões a jogadores”, o médio do Benfica incorre num período de suspensão entre o “mínimo de um e o máximo de 10 jogos”, além de uma multa.
Quem não perdeu tempo a reagir à agressão do internacional grego foi o Sporting, que, face ao facto de o árbitro Tiago Martins não ter agido disciplinarmente contra o jogador, apresentou ainda ontem de manhã, segundo apurou O JOGO, uma queixa na Comissão de Instrutores (CI) da Liga, com conhecimento do Conselho de Disciplina (CD) da FPF. Os leões pediram à CI a abertura de um auto de flagrante delito, procurando que o médio seja castigado de imediato, cenário que o afastará do dérbi, agendado para o próximo dia 22. Com base nas imagens televisivas, o Sporting entende haver motivo para um processo sumário ao camisola 7 benfiquista. Agora, “a Comissão de Instrutores tem três dias para elaborar o auto, que posteriormente enviará ao Conselho de Disciplina, ao qual caberá tomar a decisão”, esclarece a O JOGO Nuno Rêgo, advogado especialista em direito desportivo, explicando que “se o auto for de flagrante delito, um dos motivos previstos para processos sumários”, como pretende o Sporting, “o CD terá cinco dias, desde a receção do auto, para decidir” o castigo, do qual o Benfica não poderá recorrer. Caso o auto não seja de flagrante delito, o órgão federativo “tem 45 dias” para tomar uma decisão em relação a ocaso, algo que permitiria até a Samaris completar a época enquanto não houver uma decisão. “Mas é expectável que demore menos tempo, uma vez que os factos são claros”, realça, porém, Nuno Rêgo, explicando que apesar de existir a possibilidade de a CI proceder a investigações, atrasando o caso, “o normal será a elaboração do auto”. “As imagens televisivas são claras e totalmente elucidativas quanto a três questões: existiu agressão de Samaris, o jogo estava parado, e não existiu qualqueragressão inicial do jogador do Moreirense que configure a reação de Samaris como ‘resposta a agressão’”, refere.