O Jogo

DA SECRETÁRIA PARA OS GOLOS

Cadú voltou a jogar, meio ano depois, garantindo a vitória frente ao Freamunde em mais uma final pela permanênci­a

- ANTÓNIO S. FONSECA

Aos 35 anos, o central sofreu uma rotura de ligamentos, na terceira jornada, e passou a ocupar o cargo de secretário-geral, mas recusou rescindir contrato para poder voltar a pisar os relvados

O Leixões-Freamunde ficou marcado pelo regresso em grande de Cadú, que esteve seis meses sem pisar os relvados e que nesse período assumiu o cargo de secretário­geral dos leixonense­s. O central de 35 anos apontou o golo do triunfo dos matosinhen­ses diante de outro aflito, o Freamunde, mantendo o Leixões vivo na luta pela permanênci­a. “Foi especial, porque passado muito tempo voltei a jogar e fiz um golo importante para o Leixões alcançar a permanênci­a”, disse o defesa a O JOGO, ciente de que “ainda faltam sete finais e é preciso ganhar quatro ou cinco”. “Ganhámos a primeira dessas finais; o Leixões merece, assim como os mais de cinco mil adeptos que estiveram no Mar a apoiar-nos”, acrescento­u o jogador, que já represento­u Paços de Ferreira, Boavista, Gil Vicente, Cluj e AEL Limassol.

O golo soube ainda melhor depois da longa paragem – antes de decidir a partida com o Freamunde tinha jogado os dois últimos minutos frente ao Gil Vicente, no início de março – que o levou a abraçar outra função no clube. “Após a lesão, o Kenedy pediu-me para ajudar e disse-me que quando estivesse bem, voltava a jogar, o que aconteceu agora. Por isso não rescindi contrato, pois queria continuar a jogar”, conta. “Nesse período assumi o cargo de secretário-geral do Leixões, mas a maior parte do meu tempo foi no relvado, dando apoio e auxiliando nos treinos”, revelou, não escondendo, porém, que prefere “pisar o relvado a estar na secretária”. O central explicou que só na parte final do encontro sentiu “falta de ritmo”, pois apesar de “trabalhar para jogar”, o ritmo competitiv­o dos treinos “não se compara ao dos jogos”.

“Prefiro pisar a relva a estar no gabinete. Como estou recuperado, sou mais um para ajudar o Leixões”

Cadú

Cadú é o mais velho num “plantel muito jovem, com a maioria dos jogadores na casa dos 20/22 anos”, pelo que sente ter dado “alguma experiênci­a, tal como o Bruno China e o Porcellis”. Com o Leixões envolvido numa luta acesa pela permanênci­a, o central não está preocupado se vai jogar com assiduidad­e. Mais importante, vincou, é “ajudar o Leixões a manter-se nos campeonato­s profission­ais, seja no relvado ou fora dele”, sentindo-se “preparado” para ajudar a atingir o objetivo do clube.

Central do Leixões

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O defesa Cadú marcou o golo que deixou em festa mais de cinco mil adeptos leixonense­s

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