“Recrutar é difícil”
Uma das críticas apontadas aos árbitros é a deficiente preparação física. Agostinho Silva concorda, lembra que “os árbitros têm outras atividades profissionais, que os limitam”, mas afirma: “Estamos a exigir mais. Dantes, testes físicos só no início da época. Agora há testes físicos em fevereiro. Há um progresso, mas é verdade que estão, em geral, mal preparados.”Constatandoqueoquadro de bons árbitros é reduzido, o responsável pelo CA, cujo orçamento anual é de “300 mil euros para despesas relativas a jogos e formação”, explica que “o recrutamento é difícil, porque os árbitros ganham mal”. “Alguns clubes dizem que estão dispostos a pagar mais [na I Divisão, o clube visitado paga 500 euros/jogo de taxa de arbitragem], mas nas AG, quando se colocam essas questões, ninguém quer mais custos. Um árbitro de I Divisão ganha 70 euros/jogo.NaIII,queremmais um árbitro mas não querem pagar. Só em debate aberto se podeveristo”,concluiu,reagindoaosquesequeixamdoexcesso de cartões: “Não temos registo, mas fizemos, no início do ano, formação com os árbitros do quadro A e com delegados paraquefossemmaisrigorosos, exercendo ação disciplinar de acordo com as regras, o que fez comqueaumentasseonúmero de faltas e cartões. Passámos por todas as distritais para uma passagem de vídeos com um conjunto de erros de análise. Nos últimos dois meses fizemos sair um comunicado e os clubes estão alertados.”
“Fizemos formação com os árbitros do quadro A para que fossem mais rigorosos, o que aumentou o número de faltas”
Agostinho Silva
Presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Patinagem