O Jogo

Jorge Simão “adivinha” ataque portista

Médio vê um Benfica em queda e um FC Porto em crescendo, suportado pela estrutura. Por isso, está confiante

- CARLOS GOUVEIA

Antigo companheir­o de Nuno no FC Porto recorda o respeito que todos já tinham e atribui-lhe o mérito de ter devolvido a mística ao clube. Produção de Soares tem surpreendi­do o internacio­nal português

Rúben Micael está convencido que o FC Porto será campeão se vencer esta noite em Braga. O antigo médio conversou com O JOGO sobre o duelo entre duas das suas antigas equipas e além de querer umFCPortoa­festejarno­sAliados, espera que o Braga acabe à frente do vizinho V. Guimarães. Antigo companheir­o de Nuno Espírito Santo, o agora jogador do Maccabi Telavive elogia o treinador a quem atribuiu o mérito de ter devolvido

a mística ao clube. O FC Porto joga uma cartada importante no campeonato, mas o Braga tem o V. Guimarães à perna. Que pode decidir esta partida entre duas das suas ex-esquipas? —Na minha opinião é um jogo tão importante para o FC Porto como para o Braga, que está a disputar uma espécie de minicampeo­nato com o V. Guimarães. Para aquele clube e adeptos não é a mesma coisa: querem ficar sempre à frente do Vitória. É obrigatóri­o. O FC Porto precisa de ganhar para ser campeão e não se pode dar ao luxo de vacilar. Se passar em Braga não vai perder mais pontos até ao fim e será campeão. A equipa está bem, confiante, mas não será fácil derrotar o Braga.Nunoprecis­oudealgum tempo para impor as suas ideias, mas a equipa agora está em crescendo, numa boa dinâmica e passando para a frente não cairá. Claro que o futebol é pródigo em surpresas, basta lembrar o empate com o V. Setúbal, mas conhecendo aquela casa, não acredito que deixem escapar a oportunida­de Imagino que seja complicado para si escolher quem quer que ganhe? —Pois... Não é nada fácil. Gostava que as duas equipas ganhassem... Acima de tudo, quero que o FC Porto seja campeão e o Braga fique em quarto, o que significa que terminaria à frente do V. Guimarães. Sei comoelesde­vemestaras­entirse nesta altura, estando atrás do V. Guimarães no confronto direto. Isso não ajuda nada. Há uma grande pressão, de certeza, por parte do presidente. E nãovejooBr­agatãofort­ecomo no ano passado, esperava que estivessem com mais pontos. Por falar em pressão, o FC Porto tem um plantel jovem, apesar de ter Maxi e Casillas... —O FC Porto tem uma estrutura que suporta e ajuda, fazendo com que os jogadores não tenham essa pressão que é grande ao fim de três anos sem títulos. E há ainda o apoio dos adeptos que tem sido incrível, enchendo todos os estádios. A claque também ajuda. E onde é que o Benfica vai perder pontos? —Se olharmos para os últimos jogos do Benfica percebe-se que caiu muito. A qualquer jogo, sobretudo fora de casa, pode perder pontos. Já contra o Moreirense ganhou com

enorme dificuldad­e e alguma sorte. Toda a gente está à espera de um deslize em Alvalade. Claro que teoricamen­te esse é o jogo mais complicado, mas acho que pode acontecer em qualquerla­do.EoxaláoFCP­orto não perca mais pontos. Como avalia o trabalho de Nuno Espírito Santo? —Foi meu companheir­o na primeira meia época que fiz. O capitão era o Bruno Alves, havia o Helton, o Rolando, entre outros, mas todos tinham tanto respeito ao Nuno como aos capitães. Estava quase sempre sério e creio que a maior virtude dele neste FC Porto foi ter devolvido o espírito desse tempo, a mística. Não há jogadores como o Jorge Costa, o Baía ou o Bruno Alves, mas há um treinador com essa mística.

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