Belenenses-Estoril
A dupla Kléber-Allano deu espetáculo no Restelo. O Estoril fica agora mais tranquilo, enquanto a crise do Belenenses parece estar para durar – quinta derrota consecutiva
O Estoril perdeu Joel na primeira parte, por causa de um traumatismo no ombro direito. Pedro Emanuel optou por recuar Licá para o lado direito da defesa
O Estoril deu ontem um passomuitoimportanterumo à salvação na I Liga, somando agora 28 pontos, a dois dos 30 da tranquilidade. Depois da derrota sofrida em casa com o Nacional, os canarinhos arrancaram três pontos preciosos no Restelo, palco onde não venciamdesde1980,eprolongaram a crise do Belenenses, que somou a quinta derrota consecutiva.
Apesar da situação incómoda de ambos os conjuntos, nem a necessidade de pontuar, nem a pressão de se jogar o dérbi pesaram nos ombros dos jogadores. Apostado em voltar aos triunfos, Quim Machado lançou dois homens na frente de ataque, Maurides e Camará, e viu a sua equipa entrar com maior ascendente no jogo. Miguel Rosa dispôs de duas boas oportunidades para marcar, mas acabou por ser o Estoril a inaugurar o marcador, através de Kléber, que aproveitou uma defesa incompleta de Cristiano para finalizar. Foi o primeiro sinal de um quarto de hora frenético, período onde se assistiu a outros dois golos: Maurides empatou, mas Allano recolocou os canarinhos em vantagem.
Os diferentes objetivos não permitiram um grande espetáculo na segunda parte. Os homens do Restelo lançaramse no ataque, mas, com exceção de um remate de Fábio Nunes, aos 74’, não causaram grandes calafrios a Moreira. Do outro lado, o Estoril fechou-se bem para segurar o triunfo e, em boas combinações entre Kléber e Allano, teve oportunidades para matar o encontro mais cedo. O golo da tranquilidade surgiu, por fim, aos 83’, com Carlinhos a aproveitar um ressalto à entrada da área.
Num jogo quezilento, Jorge Ferreira esteve bem no capítulo disciplinar. Ficaram, porém, dúvidas num lance dividido na área do Belenenses, aos 45’+ 2’, no qual Gustavo Tocantins cai após disputa de bola com Edgar Ié e João Diogo.