O Jogo

DRAGÃO ENTREGA-SE A JESUS

FC PORTO DEMOROU A REAGIR À BOA ENTRADA DO BRAGA E ATRASOU-SE MAIS NA CORRIDA AO TÍTULO Nuno Espírito Santo: “Isto não acabou!” Jorge Simão: “Se o penálti entra…” Tribunal unânime: penálti por assinalar de Gamboa sobre Felipe e vermelho por mostrar a Car

- bbb Textos CARLOS GOUVEIA

Pinto da Costa mudou com de lugar zangado secretário de Estado

Danilo não conseguiu carimbar a vitória portista, aos 86’, mas, antes disso, o Braga também falhara o 2-0 de penálti. Empate no dérbi de Lisboa deixou de ser um bom resultado para o FC Porto O FC Porto tropeçou em Braga e deixou o Benfica fugir na tabela, ficando em posição bem mais complicada na luta pelo título. E só não caiu com estrondo porque Soares continua a ter veneno e fez um golo que mantém uma réstia de esperança. Na prática, o FC Por- to deposita agora grande parte das fichas num triunfo do Sporting no dérbi da próxima semana. Isto porque não mostrou estofo de campeão na primeira parte, em que praticamen­te não criou perigo e, pior do que isso, deu claros sinais de ansiedade e nervosismo. Talvez por culpa de alguma imaturidad­e competitiv­a de uma equipa ainda a crescer.

O Braga marcou no primeiro lance, aos 6’, e podia ter matado o jogo de penálti, a fechar a primeira parte. Mas o mesmo Pedro Santos que surpreende­u nas alturas a abrir a contagem, acertou no poste direito. O FC Porto teve sorte, livrouse de boa e ganhou fôlego para a segunda parte, que foi bem diferente. Já lá vamos.

Nuno Espírito Santo parece ter mordido o isco lançado por Jorge Simão que tinha um “feeling” na titularida­de de Corona. Coincidênc­ia ou não desse “mind-game”, o mexicano começou no banco e, ironicamen­te, foi depois da sua entrada que o FC Porto sufocou os minhotos. Antes, com André Silva descaído para a direita e desastrado na receção de bola, o desenho não resultou. Os elementos do meiocampop­erderamtod­ososduelos com os do Braga. Só Brahimi conseguia fazer alguma coisa. Era pouco, muito pouco, para quem tinha a obrigação de vencer. Por outro lado, os bracarense­s estiveram sempre perigosos nas rápidas transições e confortáve­is em campo.

Aos poucos, o FC Porto foi tentando pegar no jogo, obrigando o adversário a recuar, mas sem conseguir desenhar um lance com princípio, meio e fim. E sem conseguir enquadrar um remate também. Os nervos continuava­m a trair a equipa e o penálti cometido por Óliver foi exemplo disso.

Pedro Santos acertou no poste e ainda havia 45 minutos para os dragões darem a volta. Soares passou para o lado direito, André Silva ficou na área, e desde cedo se percebeu que o jogo ia mudar. O que se confirmou após a entrada de Corona e saída de um Óliver que não rendeu. A jogar em 4x2x4,osportista­sapertaram. Brahimi perdeu, aos 58’, o empate, que chegaria pouco depois por intermédio de Soares – o brasileiro, recorde-se, já tinha marcado na Pedreira na despedida pelo V. Guimarães.

O Braga quebrou fisicament­e e o FC Porto manteve a pressão na área de Matheus, que, aos 79’, fez a defesa da noite, após cabeceamen­to de Danilo. Aos 86’, o “Comendador” do Dragão esteve desastrado: na pequena área e, sem qualquer oposição, atirou torto. Umaperdida­incrívelqu­epode ter custos irrecuperá­veis. Se Danilo não teve cabeça aí, a seguir foi quase toda a equipa a perdê-la quando pediu penálti sobre Soares. A confusão instalou-se, Brahimi foi expulso no banco e os minutos passaram. O jogo acabou e ninguém foi tomar banho satisfeito, porque o Braga caiu para o quinto lugar, ultrapassa­do pelo eterno rival, V. Guimarães. Quanto ao FC Porto, a fé em época Pascal está toda em Jesus. Na equipa de Jorge Jesus...

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