O Jogo

O Dragão nunca deita a toalha ao chão

- Paulo Baldaia

Assim é muito difícil ganhar jogos, assim é muito difícil ser campeão. Ontem, o Braga entrou mais forte, criou mais oportunida­des de golo nos primeiros 20 minutos, mas assim que o FC Porto pegou no jogo estava lá um senhor, que não dá pontapés na bola, mas consegue ser determinan­te no resultado do jogo. Em dois minutos, primeiro Filipe é agarrado dentro da área, num canto, depois Soares chega antes a uma bola e é pontapeado por um adversário. Nem num caso, nem noutro, o árbitro conseguiu ver que era penálti. Dois, em dois minutos! Na segunda parte, já com o jogo empatado, mais um agarrão ao André Silva, também não viu. Não se pode tirar mérito ao Braga pela forma como jogou na primeira parte, nem deixar de realçar o demérito do FC Porto pela forma como entrou no jogo, mas as más decisões da equipa de arbitragem têm de ser assinalada­s. Este é um campeonato em que o FC Porto foi claramente prejudicad­o. O penálti falhado pelo Braga na última jogada da primeira parte era o pretexto para o FC Porto entrar com tudo, arriscando perder por mais, mas arriscando igualmente ganhar o jogo. Nuno Espírito Santo não fez a alteração no intervalo, mas não esperou muito tempo para tirar um médio (Oliver) para meter um extremo (Corona). Desta vez, não se pode dizer que o treinador não fez o que tinha de fazer, estando a perder. A prova de que ele tinha razão na alteração que fez apareceu minutos depois. Nessa altura, já o FC Porto estava a controlar o jogo e a criar oportunida­des para confirmar a reviravolt­a no marcador. Não aconteceu, fez o suficiente para ganhar, mas acabou por pagar cara a má entrada. Continuamo­s vivos, agora a três pontos do Benfica. Ainda há muitos pontos em jogo. No Dragão nunca atiramos a toalha ao chão. Vamos lutar até ao último jogo, até ao último minuto. Esta é a hora de todos os adeptos se unirem à volta da equipa. Somos Porto!

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