O Jogo

KUCA NA PERMANÊNCI­A

EFICÁCIA Pressionad­o para regressar às vitórias, o Arouca entrou determinad­o em campo, marcou a abrir as duas partes do jogo e manteve a baliza sem golos

- CLÁUDIA OLIVEIRA

É caso para os arouquense­s gritarem: aleluia! Há muito que procuravam o sossego, que chegou ontem, à boleia da eficácia do avançado. Feirenses reagiram tarde

Num dérbi mais importante para o Arouca do que para os visitantes, a equipa de Jorge Leitão mostrou cedo ao que ia – à procura dos golos que lhe dessem uma vitória, sabor que não provava há oito jornadas. As entradas fortes na primeira e na segunda partes valeram os golos.

Artur foi o primeiro obreiro do ataque e pôs em sentido, logo aos três minutos, a defensiva fogaceira. O médio-ofensivo do Arouca insistia no ataque e o endiabrado Kuca levava Sony e Flávio Ramos ao desespero, que aumentou quando o árbitro assinalou grande penalidade por alegada falta do capitão Paulo Monteiro sobre o avançado cabo-verdiano da equipa da casa. Chamado a converter, Kuca não falhou.

A dominar o jogo, o Arouca construía a partir da sua defesa, apoiando-se num meiocampo que antecipava as desmarcaçõ­es dos atacantes, contando sempre com Artur ou Kuca para criar desequilíb­rios. Só perto do final da primeira parte o Feirense deu um ar da sua graça, com Babanco a cruzar para Karamanos, na área, mas Bolat chegou primeiro.

O intervalo trouxe atitude diferente do Feirense, mas também... o mesmo sentido apurado de Kuca para os golos, rematando à meia-volta, na sequência de um cruzamento de Adilson.

A perder por dois, o Feirense tentou reagir. Etebo e Tiago Silva foram os mais inconforma­dos. O nigeriano chegou a marcar, aos 62’, mas o fiscal de linha levantou a bandeira em sinal de fora de jogo. Pouco depois, junto ao poste esquerdo, Etebo teve o golo nos pés, mas falhou-lhe a pontaria.

O Feirense bem tentava o golo e o Arouca deixou jogar, apostando na saída em contraataq­ue e na solidez da sua linha defensiva que, após 13 jogos a sofrer golos, manteve a baliza imaculada.

No final, festejou-se o alcançar do objetivo. “Conseguimo­s a permanênci­a que tanto queríamos. O nosso Arouca mantém-se na Liga”, gritava o speaker do recinto. Com o dever cumprido, as amêndoas vão saber melhor.

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Kuca saudado pelos companheir­os, após apontar o primeiro de dois golos

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