O Jogo

E à décima ressuscita­ram

O Tondela voltou a festejar uma vitória, dez jornadas e mais de dois meses depois. Rio Ave jogou em desvantage­m numérica, mas não foi inferior. Só o árbitro prejudicou o espetáculo

- MÓNICA SANTOS

Desta vez, não houve erros fatais – a não ser de Hélder Malheiro – nem egos a prejudicar a luta do Tondela, que ganhou a jogar contra um valente Rio Ave, mesmo com dez

Como se não bastassem o últimoluga­reanecessi­dadede um resultado que permitisse tirar proveito do NacionalMo­reirense de amanhã, o Tondela entrou ainda mais pressionad­o para ganhar, depois de o Arouca ter arrumado a máquina de calcular e, por uma vez, jogou como se espera que o faça. Entrou de rompante, sem deixar respirar o Rio Ave. Marceloevi­touogolo(5’),mas acabou por ser ele a fazer autogolo. O central estava no caminho e deu ao adversário uma vantagem que só não cresceu, no minuto seguinte, porque Hélder Malheiro se embrulhou na análise de um lance de Wagner com Cássio, na área. O guarda-redesnãofe­zfalta,mas o árbitro entendeu que sim, expulsou-o e assinalou livre junto à linha da grande área. Embora ilusório, o lance foi dentro. O lisboeta livrou-se de um penálti por linhas tortas – mas não de dois erros graves, com prejuízo do Rio Ave, que teve de subtrair Rúben Ribeiro ao ataque para ter Rui Vieira na baliza –, e pouco depois (17’) errou também ao negar à história do jogo um penálti de Rui Vieira sobre Jhon Murillo, que viu amarelo por uma simulação que não fez.

No banco, Pepa perdeu a lucidez que pede aos jogadores e foi para a bancada. Perto da meia hora, o Rio Ave aproximou-se, finalmente, da baliza de Cláudio Ramos, acertou marcações, apesar da desvantage­m, equilibrou o jogo e também o marcador, numa abertura magistral de Tarantini a isolar Krovinovic para o 1-1, em cima do intervalo. Pausa para ganhar fôlego e regressa o Tondela à corrida pela vitória, que chegou num canto de Pedro Nuno em que o central Osório cabeceou à ponta de lança. Cláudio Ramos segurou-amuitíssim­obem,porque o Rio Ave não desistiu de pressionar e Rui Vieira também não deixou o marcador aumentar para uma margem de segurança, essa sensação desconheci­da para este Tondela.

“Houve decisões de que não vou falar. Foi muito mau. Estávamos a precisar muito desta alegria. Estamos cá para a luta, com este querer, esta entrega” Pepa Treinador do Tondela “Tivemos uma vintena de minutos que nos penalizou. Entrámos mal e a expulsão do Cássio perturbou. Merecíamos algo mais do jogo” Luís Castro Treinador do Rio Ave

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Tarantini (à esquerda) e Murilo lutam pela posse da bola

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