Murray mais longe do Estoril Open
Batido na terceira ronda em Monte Carlo, o líder do ranking ainda vai decidir se irá treinar ou jogar em Budapeste ou Barcelona
A organização do Millennium Estoril Open criou o hashtag “AndyComeToEstoril”, para cativar o número um mundial a competir em Portugal. No entanto, o escocês disse ontem ter outros planos
Manobra de diversão ou não, só o (pouco) tempo o dirá. Vem isto a propósito do vídeo publicado ontem de manhã no Facebook do Estoril Open, em que ,de uma forma original, se procura convencer Andy Murray a jogar o torneio, na semana de 1 a 7 de maio. Quando tornou pública a intenção, acompanhada pelo hashtag “AndyComeTo Estoril”, a 3Love – proprietária do evento – ainda não imaginava que Murray iria perder, na tarde ontem, na terceira ronda do Masters de Monte Carlo. Uma derrota prematura, que até poderia favorecer as intenções lusas, mas estas sofreram um rude golpe com as declarações do bicampeão olímpico: “Não estou interessado em forçar o cotovelo e por isso não sei se jogarei, na próxima semana, em Budapeste ou em Barcelona. Se jogasse um deles e fizesse uma boa campanha, não teria a possibilidade de treinar, melhorar o meu estado físico e trabalhar no duro, pois começam a escassear oportunidades de preparar bem Roland Garros”.
No vídeo destinado a atrair o líder do ranking, não faltam exemplos de coisas de que Murray gosta, como peixe
João Zilhão fresco, chocolate, uma camisola da seleção portuguesa de futebol, cães e até uma visita ao hotel Palácio, no Estoril, pela ligação a um dos filmes do 007. Mas incontornável é o facto de uma presença de Murray no Estoril implicar o pagamento de um cachê. Os valores não são fáceis de estimar, mas podem chegar perto do meio milhão de euros, sabendo-se que foi esse valor que, há dois anos, desembolsou o torneio de Munique. Certame disputado, recordese, na semana do Estoril e Istambul – todos torneios nível ATP250, nos quais é complicado ter um top 10 – precisamente a seguir ao ATP 500 de Barcelona e ao ATP 250 de Budapeste.
“Cativar grandes nomes é como entrar no stand da Bentley e só ter dinheiro para um Volkswagen”
Diretor do Millennium Estoril Open