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Moreirense somou apenas um ponto na desesperada fuga à despromoção. Afastou-se um pouquito do Tondela, é certo, mas perdeu a oportunidade de se aproximar do Arouca, que visitará na próxima jornada, e de envolver o clube da família Pinho nas confusões das últimas batalhas. Está mais do que visto que a barreira psicológica da salvação aos 30 pontos está longe de corresponder à realidade, porque Moreirense e Tondela estão a estrebuchar, não se rendem a título nenhum, sendo pena que o Nacional não o esteja a conseguir também, começando a afigurar-se como muito provável que, estando o Marítimo a um passo de garantir presença europeia, via sexto lugar, a Madeira tenha apenas um representante no escalão principal da próxima época. Nesta fase da temporada volta a emergir o nome de Petit. Há um ano salvou o Tondela da descida quando já ninguém acreditava, desta vez está a tentar o mesmo em Moreira de Cónegos, contra o Tondela e quem mais se vir envolvido nesta batalha. O estilo “clube de combate” imposto às equipas que comanda fazem de Petit um treinador ajustado a este tipo de decisões. Cada jogo é uma batalha, a seguinte é a mais importante, a vontade e a fé podem ser nestes tempos mais importantes do que o futebol, a tática e o sistema de jogo. A mistura de crer com o querer e uma boa condição física são a receita dos milagres. Quando estão por disputar uma dúzia de pontos e se tem a corda na garganta, os calendários fundem-se entre matéria de estudo e de desprezo. É preciso estar atento aos embates próprios e aos da concorrência, mas ao mesmo tempo pôr o coração de lado e virar toda a concentração para o objetivo seguinte. O Moreirense, vencedor da Taça da Liga, surpresa agradável pelo bom futebol praticado, principalmente na final a quatro que lhe atribuiu o pomposo epíteto de campeão de inverno, já não existe. Podence, Geraldes e Inácio já não moram lá. É a vez de Petit e do “fight club”. E depois se verá se valeu a pena.
Penálti?
Ricardo Ferreira jogou a bola com mão fora da respetiva área. Bem colocado, de frente para jogada e visão livre, o árbitro, de pronto, assinalou livre-direto. Inexplicavelmente, influenciado por terceiro, corrigiu, mal, para penálti. imaculada, o critério traiu-o. Ambiente fantástico, jogo movimentado, jogadores colaborantes. Ótima condição física, colocação adequada. Como referido em O Tribunal d’O JOGO, por quebra de critério, ficaram dois penáltis favoráveis ao SLB por assinalar. Fábio Veríssimo (1,5) [P. FerreiraBraga] mostrou dores de crescimento normais, em todos, à terceira temporada. Ausência de personalidade, determinação e autonomia. Bem colocado e boa visibilidade, aos 85’, assinalou falta fora da área, porquê considerar penálti após “sopro de papagaio?”. Carlos Xistra (4) [V. GuimarãesBoavista] em jogo sem “luta” de outrora, mesmo assim renhido, houve-se a contento. Na Lei da Vantagem podia ter sido mais assertivo. Rui Costa (1) [FC Porto-Feirense] desde início se percebeu estar pouco àvontade, algo inseguro. Técnica e disciplinarmente cometeu lapsos provocados, sobretudo, por critério díspar. Interpretação sobre infrações nas áreas falhou rotundamente. Hugo Miguel (3,5) [MoreirenseChaves] dois lances de deslinde difícil, mesmo com vídeo-árbitro, são ónus que não lhe podem acarretar. Esteve diferente, para melhor, da semana anterior.