JOÃO FÉLIX A ENCHER PARA DAR O SALTO
O médio-ofensivo – também joga a extremo – não ficou no FC Porto por falta de físico, tendo optado por ingressar no Benfica em 2015
Passou sete épocas nos dragões e agora é visto pelos responsáveis encarnados como um dos diamantes da formação. No Seixal, o jovem está a ganhar músculo, com trabalho específico
Já há quem veja em João Félix, jovem de 17 anos que brilhou na última edição da Youth League, um novo Bernardo Silva. Mas, fugindo a comparações sempre sujeitas a confirmações – ou não – no futuro, certo é que o médioofensivo (que também joga a extremo) é uma das grandes promessas do Benfica. No Seixal, em cerca de ano e meio, tem crescido, corrigindo o aspeto que pesou na sua saída do FC Porto, onde passou sete anos da formação: o físico.
Félix chegou a fazer parte do chamado Projeto Jogador de Elite (PJE), ou seja, área onde apenas os melhores jovens da formação portista entrariam. O facto de ser franzino, apurou O JOGO, foi determinante nas dificuldades do jogador em se afirmar plenamente, razão pela qual quis sair em 2015, em busca de melhor perspetiva de evolução futura. O diamante de invulgar talento, como é visto na estrutura das águias – a par de nomes como João Carvalho, Diogo Gonçalves, Rúben Dias ou José Gomes –, está agora a ser lapidado para aliar mais músculo às qualidades técnicas e táticas que já o fazem brilhar. O jovem, aliás, tem adquirido massa muscular significativa e quem vê esse crescimento me lho ré o pai, Carlos Sequeira. “Nota-se já uma diferença grande e, em apenas um ano, tem evoluído bastante”, admite a O JOGO.
É na infância que estão as raízes futebolísticas de João Félix, ele que com apenas quatro anos já acompanhava o pai quando este jogava futebol, na distrital de Viseu. “Ao intervalo dos jogos ele era um dos que iam para o meio campo dar toques na bola e já chamava a atenção”, lembra Carlos Sequeira. Mais tarde, quando este era adjunto no Tondela e treinador na escolinha “Os Pestinhas”, foi dado o passochave para uma história que teve passagem no FC Porto e, agora, no Benfica. “O João sempre teve forte empatia com a bola e comecei a levá-lo para os treinos”, recorda Sequeira, que hoje não perde um jogo do filho.
“[Aos quatro anos] Já dava toques nos intervalos dos jogos. Sempre teve empatia com a bola” Carlos Sequeira Pai de João Félix