Hyundai assusta tendo Mikkelsen
Hipótese de um quarto carro para a equipa que venceu na Córsega pode desequilibrar um Mundial imprevisível como nunca
Quatro pilotos de quatro nacionalidades e das quatro marcas do WRC a repartirem os triunfos nas quatro primeiras provas é algo inédito. A partir de hoje, na Argentina, alguém ganhará vantagem
Sébastien Ogier (Ford) ganhou em Monte Carlo e lidera o Mundial de Ralis, JariMatti Latvala foi o primeiro na Suécia e segue em segundo, Kris Meeke (Citroën) venceu no México, mas é apenas sétimodevidoaduasdesistências, e quem parece assustar é a Hyundai, que festejou na Córsega e colocou o belga Thierry Neuville na terceira posição do campeonato, mas intimida por se poder reforçar com o norueguês Andreas Mikkelsen, o talento que ficou sem equipa devido ao fim da equipa Volkswagen.
É curioso pensar-se que as equipas temem o piloto que nenhuma quis contratar, mas a verdade é que Mikkelsen impressionou ao fazer dois ralis com um Skoda de WRC2, sendo sétimo em ambos e que representará um quarto carro, caso se junte a Neuville, Hayden Paddon e Dani Sordo. Além disso, o belga revelou-se mais rápido nas duas primeiras provas do ano, despistando-se quando já se atribuía o triunfo ao seu i20. A partir desta noite, na Argentina, irão tirar-se algumas dúvidas, pois tendo o Mundial quatro equipas haverá uma a somar um segundo triunfo e a aumentar a motivação antes da temporada na terra europeia, a iniciar em Portugal (19 a 21 de maio).
Se a Hyundai, que testou com Mikkelsen em Portugal, não apostar num quarto carro, já é sabido que não faltarão oportunidades ao norueguês. “A Citroën termina o contrato com Kris Meeke; a Toyota precisa de um piloto bom; a MSport tem o Ogier e o Tanak, mas o Tanak ainda não é bom o suficiente. Não somos os únicos a querê-lo”, disse com desassombro o team manager da Hyundai, Alain Penasse, ao “Autosport” britânico.