“AFASTEI ADÃO MENDES”
Atual vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol revelou os motivos que levaram à dispensa do ex-árbitro do Conselho de Arbitragem da AF Braga em 2011
“Mas, atenção, afastei-o sem nunca ter tido algum dado que me levasse a suspeitar de atividades ilícitas”
Carlos Coutada
Diretor da FPF
Carlos Coutada defendeu que queria “maior rigor e transparência” no Conselho de Arbitragem da AF Braga quando, em 2011, optou por retirar o nome de Adão Mendes das listas que levou a votação
Adão Mendes fez parte do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga até ao final de setembro de 2011, altura em que abandonou o cargo de vice-presidente. A história conta-se em poucas linhas: na altura, Carlos Coutada, atual diretor da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), concorreu para o seu quarto mandato consecutivo na liderança da AF Braga – e ganhou –, mas optou por prescindir de Adão Mendes nas listas que levou a escrutínio. Entretanto, em dezembro do mesmo ano, Fernando Gomes assumiu a presidência da FPF e convidou Carlos Coutada para integrar o seu elenco diretivo – convite aceite –, o que o levou a ser substituído, na liderança da AF Braga, pelo seu vice-presidente da altura, Manuel Machado, que se mantém no cargo até hoje.
Carlos Coutada confirmou o afastamento de Adão Mendes do Conselho de Arbitragem da AF Braga em 2011 e, em declarações a O JOGO, explicou os motivos que o levaram a tomar essa decisão. “Confirmo que o afastei. Na altura senti que estava na hora de mudar a configuração do Conselho de Arbitragem da Associação. Tinha outras opções, pretendi renovar o Conselho de Arbitragem, dar-lhe maior rigor e transparência, e por isso escolhi outras pessoas para aquelas funções”, começou por explicar. Mas, afinal, o que quis Carlos Coutada dizer com as expressões “maior rigor e transparência”? O dirigente explica: “Tudo o que fiz foi para o bem do Conselho de Arbitragem da AF Braga. Era essa a minha única preocupação, a de ajudar a desenvolver a arbitragem na AF Braga. Mas, atenção, optei por afastar Adão Mendes sem nunca ter tido algum dado que me levasse a suspeitar de atividades ilícitas”, sublinhou.
Relativamente ao conteúdo dos emails agora divulgados pelo FC Porto, Carlos Coutada preferiu “não comentar”, tendo em conta o cargo que ocupa atualmente na Federação Portuguesa de Futebol.