O Jogo

“CONSEGUIMO­S LIDAR BEM COM A PRESSÃO”

João Soares, extremo do Benfica acabado de se sagrar campeão nacional, desvendou, em entrevista a O JOGO, as chaves para uma temporada bem-sucedida

- CATARINA DOMINGOS

Aos 28 anos, o internacio­nal português conta com um currículo assinaláve­l, pois, além dos principais clubes portuguese­s (Benfica, FC Porto, Ovarense e Oliveirens­e), já atuou na Sérvia e Espanha

Foi em 2013/14 que João Soares regressou a Portugal, para jogar em Oliveira de Azeméis e tendo a ideia de, passado um ano, voltar a emigrar. No entanto, o convite do Benfica surgiu e o extremo acabou por viajar para Lisboa, somando já três épocas na Luz e dois títulosnac­ionais(2015e2017). O mais recente foi diferente, pois, desta vez, foi campeão em casa. Como foi celebrar o título na Luz? — Desde que que estou no Benfica, não me lembro de ver um pavilhão tão cheio como naquele dia, estava mesmo lotado. Foi realmente inacreditá­vel, ajudou imenso na vitóriaque­conseguimo­s.Foiomoment­o mais marcante desde que aqui estou. O que explica o domínio do Benfica na final? — Soubemos lidar muito bem com a pressão. Preparámo-nos tática e mentalment­e. No Dragão, conseguimo­s pôr o nosso plano em prática, não corremos muitos riscos, não tentámos ganhar por muitos... Ganhámos por diferenças pequenas, mas era isso que queríamos para depois, em casa, ser teoricamen­te mais fácil. Mas ganhar a final por 3-0

João Soares surpreende­u-o? — Surpreende­u mais as pessoas de fora. Se calhar, muitos não estavam à espera, mas, entre nós e equipa técnica, sempre foi passando a ideia que era perfeitame­nte normal trazer as duas vitórias do Dragão. Durante a fase regular houve alguma inconsistê­ncia. Como lidaram com isso? — De facto, ali a meio da época sofremos algumas derrotas e sentimos que não estavam a acreditar tanto no nosso trabalho, mas nós, com o espírito de equipa que temos, sabíamos queaquilof­aziaparte.Essesresul­tados não iam afetar o grande objetivo. Mesmo ficando em segundo na fase regular, acreditáva­mos que era possível sermos campeões. Vê-se a criar uma ligação de longa data com o Benfica? — Nunca me senti tão acarinhado e feliz num clube. Já disse que, neste momento, em Portugal, só me vejo a jogar no Benfica. Se o clube assim o entender, é uma ligação para continuar. Em relação ao domínio que o Benfica vai tendo nas várias modalidade­s, o que é que proporcion­a isso? — As condições e o apoio que nos oferecem é algo que nunca vi e já joguei fora de Portugal. Isso também se deve ao Tiago Pinto [n.d.r.: assessor de Luís Filipe Vieira], uma pessoa espetacula­r, que está sempre connosco. No final, esse apoio que nos dão faz com que sejamos nós campeões e não outros.

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