O Jogo

Professore­s com 90 troféus

Ex-treinadore­s de Conceição apresentam currículos recheados de conquistas

- CARLOS GOUVEIA

Sérgio aprendeu a arte com técnicos que venceram 74 títulos nacionais (ligas e Taças), 15 internacio­nais e até um Europeu de seleções. Por isso diz chegar para ensinar e devolver o clube aos títulos

“Não venho para aqui aprender; venho para ensinar” – a afirmação marcou a apresentaç­ão de Sérgio Conceição, que, aos 42 anos,éo22.ºtécnicoes colhido por Pinto da Costa para assumir o FC Porto e tentar quebrar a hegemonia do Benfica. A mensagem foi, como se percebe, forte e confiante. Mas de onde vem tanta confiança? Desde logo, do passado enquanto jogador. O novo técnico dos portistas pode “gabar-se” de ter passado pelas mãos de alguns dos melhores mestres da tática e do treino, nomes consagrado­s que marcaram as últimas décadas do futebol nacional, mas também europeu, como Jorge Jesus, Sven-Goran Eriksson, Alberto Malesani, Arrigo Sacchi, Héctor Cúper, Roberto Mancini, José Mourinho e Fernando Santos. Juntos, somam 74 títulos nacionais ,15 internacio­nais e um Europeu de seleções.“Os treinadore­s formam se onde o Sérgio e eu aprendemos. Depoisépre ciso vocação. Mas o Sérgio vai dar treinador”, declarou Jesus em 2012, antes de um embate entre o então “seu” Benfica e o Olhanense do atual treinador portista, que tinha orientado no Felgueiras.

A aprendizag­em nas Antas deu-se com António Oliveira. A partir daí fez-se quase sempre no estrangeir­o. Conceição começou por emigrar para Itália, onde foi treinado por consagrado­s como Eriksson, Cúper, Mancini e até Sacchi, ainda que, neste caso, por menos de um mês. Ainda assim, foi ele que mais o marcou. “Tive tantos bons treinadore­s... Cúper, responsáve­l pela chegada ao Inter, Malesani, Sacchi. Escolho o Sacchi, que treinou o Parma, por tudo aquilo que representa para o futebol mundial, por aquilo que ainda é para os italianos”, apontou.

Por tudo isto, Sérgio está convencido de que, em maio, os portistas estarão a festejar nos Aliados. “Ganhar no grito já não existe. É importante ter raça, ambição e determinaç­ão, mas é preciso mais do que isso. É preciso inteligênc­ia a ler o jogo”, acrescento­u, procurando demarcar-se de um rótulo que lhe atribuem desde os tempos de jogador. Sérgio chega ao Dragão ainda sem títulos no currículo de treinador, mas com resultados nos clubes por onde passou, sobretudo o “milagre” operado no Nantes.

Ao todo, os treinadore­s que orientaram Sérgio Conceição ganharam 74 títulos nacionais, mais quatro Champions, quatro Ligas Europa, uma Taça das Taças, duas Supertaças Europeias, uma Intertoto, duas Interconti­nentais, uma Copa CONMEBOL e um Europeu de seleções

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