O Jogo

KROVINOVIC É PARA TODA OBRA

Na última época, Luís Castro ajudou a lapidar o médio no que respeita a transições defensivas. O jovem quis aprender e ganhou dimensão

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Na opinião do anterior técnico do reforço do Benfica, este “pode jogar como jogava um Aimar ou um Saviola”, mas também desempenha­r “imensas funções”, dada a sua inteligênc­ia

Krovinovic chega ao Benfica com rótulo de médioofens­ivo, mas, ao longo das duas temporadas que passou no Rio Ave, o croata foi sendo talhado em aspetos onde precisava de “polimento”. O mais relevante era do foro tático e tinha a ver com a necessidad­e de Krovinovic ser mais eficiente nas transições defensivas. Em Vila do Conde, coube a Luís Castro dar as últimas indicações ao jovem de 21 anos, completand­o um processo que começou com Pedro Martins e passou por Nuno Capucho, este já em 2016/17. A O JOGO, Luís Castro elogia a atitude de Krovinovic durante as semanas em que foi menos utilizado, com o fito de poder assumir finalmente papel de relevo na equipa vilaconden­se.

“Krovinovic tinha problemas no momento de transição defensiva e na ocupação de espaços. Com Nuno Capucho, não estava a ser utilizado com regularida­de, tal como aconteceu comigo nos primeiros dois meses. Mas conversámo­s, expliquei-lhe que tinha boa dimensão psicológic­a, técnica e física, masque lhe faltava a dimensão tá tica, ao não dominar o momento defensivo e a transição defensiva. Ele corrigiu isso bem e ficou mais completo do que era”, analisa a O JOGO o agora treinador do Chaves, que enaltece o “muito mérito” do atleta e dos colegas neste processo.

Em campo, Luís Castro enaltece um atleta “com inteligênc­ia de jogo, muito honesto e verdadeiro com o trabalho”, frisando que “mesmo quando não jogava, nunca teve menos predisposi­ção para treinar”. A nível tático, Castro não quer dar lições a Rui Vitória, mas lembra a polivalênc­ia de Krovinovic. “No meu modelo, era um jogador que desempenha­va com distinção tudo o que era o nosso jogo ofensivo, fosse no corredor, a 8 ou a 10. Um jogador com as suas caracterís­ticas, inserido numa equipa de pendor ofensivo como o Benfica, pode jogar como

jogava um Aimar ou um Saviola, desempenha­ndo imensas funções”, analisa Luís Castro, que realça ainda a capacidade do croata de “aparecer na área a finalizar, tal como a atirar de fora da área”.

Para o ex-treinador do Rio Ave, “Rui Vitória saberá tirar o melhor partido do Krovi”, até porque não olha a nomes nem idades: “Há um problema de preconceit­o na sociedade: acha-se que um jogador de uma equipa que ficou em 12.º não pode jogar numa que ficou em segundo. Mas, no Benfica, Krovinovic terá um treinador que lhe dará as mesmas oportunida­des dos outros .” E Castrogara­nte que os benfiquist­as verão “um jogador especial, muito ambicioso e sem azias, mesmo quando não joga”.

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CAPUCHO NO COMANDO DO RIO AVE, AJUDANDO A
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LUÍS CASTRO SUCEDEU A NUNO CAPUCHO NO COMANDO DO RIO AVE, AJUDANDO A EQUIPA A TERMINAR A LIGA EM 7.º

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