Mestre Tarantini como... motorista
Experiente médio português do Rio Ave assumiu a “despesa” de dar boleia ao companheiro croata para os treinos
Ukra, ex-colega do médio no Rio Ave, fala de um “craque” que “é um dos melhores miúdos” que viu e de imediato conquistou o balneário, ao ponto de convencer um dos colegas a levá-lo para o trabalho
No balneário do Rio Ave, Filip Krovinovic conquistou amigos em ambas as temporadas que por ali passou. Um dos ex-colegas que se recordam bem da chegada do jovem é Ukra, que ainda hoje não esconde a amizade que o liga ao croata. Em 2015/16, o médio apresentou-se ao plantel então liderado por Pedro Martins com alguma timidez natural, mas o técnico, em vésperas de um jogo de campeonato, nem hesitou em mandar Krovi – espécie de alcunha pela qual todos tratam o reforço das águias – bater as bolas paradas. Ukra lembra-se disso e do empenho do colega em adaptar-se o mais rápido possível ao país.
“Para mim, é um craque e um dos melhores miúdos que encontrei. Ao início, o Filip apenas falava inglês, mas contratou uma professora para aprender a nossa língua e, ao fim de seis meses, já entendia tudo e falava português. É uma pessoa superinteligente, dentro e fora de campo”, defende Ukra, que apesar de ter passa- do a última época na Arábia Saudita (Al-Fateh), manteve sempre contacto com o amigo. Desses tempos, o extremo lembra-se bem, também, que Krovinovic “contratou” Tarantini, que dividia o futebol com o mestrado em Desporto. “Antes de tirar a carta de condução, era Tarantini quem o conduzia aos treinos, pois moravam perto”, recordou.
Conta ainda Ukra que Krovi “gostava das brincadeiras e entrava nas partidas” que se pregavam entre colegas, contribuindo para o “bom ambiente no balneário”. Ainda sem ter tido oportunidade de congratular o amigo pela transferência, Ukra aconselha-o a “continuar a dar tudo”.
“Krovinovic gostava e entrava nas partidas de balneário”
Ukra Antigo colega de Krovinovic