Último coroado seria especial
Bruno Alves garante que o estreante Portugal está na Rússia com vontade de fazer história e não ser esquecido
A Taça das Confederações tem os dias contados e um dos mais calejados da equipa das Quinas sabe disso. O central vê o Chile e a Alemanha como outros fortes candidatos ao êxito no torneio dos campeões
A menos que algum milagre a salve, a Taça das Confederações tem os dias contados. Bruno Alves, um dos mais traquejados da seleção portuguesa, está bem informado e por isso enfatiza que ganhar a prova, na primeira e previsível última participação lusa, será ainda mais relevante. “Para mim, esta competição é especial, porque nunca a tinha disputado.Ecomovaiseraúltima edição, mais especial será, tal como jogar contra tantos campeões”, afirmou ontem o central antes do treino da equipa das Quinas, em Kazan, explicando que Portugal se vê com tanta capacidade de triunfar neste torneio como outras grandes equipas. “É uma prova com os campeões de todos os continentes, logo estarão aqui os mais fortes. O Chile e a Alemanha, entre outros, são candidatos. Todas as seleções têm a ambição de vencer. Cabe-nos demonstrá-lo dentro de campo.”
O sucesso no Euro’2016 conferiu estatuto e responsabilidade à Seleção, mas também lhedeubagagem.“Semdúvida que nos traz confiança e experiência, mas nada é possível se não mostrarmos, nos treinos e nos jogos, capacidade de vencer. Viemos para provar que podemos ganhar. Portugal sempreteveambiçãonascompetições onde entra, mas o favoritismo tem de se mostrar dentro de campo. Partimos todos em pé de igualdade. Portugal é uma equipa forte e tem demostraremcampoquequer ganhar mais competições e mais torneios”, admitiu o defesa, que no último desafio oficial, ante a Letónia, rendeu Pepe (lesionado). Enfrentar “vários estilos de jogo” é um aspeto para o qual os lusos se preparam, estudando para já o México, no sentido de perceber como poderão dobrar o adversário do próximo domingo, na jornada inaugural da prova, no Grupo A. “A nossa mentalidade e o nosso foco é vencer. Sabemos que é uma competição diferente, com equipas de vários continentes e vários estilos. É no campo, com resultados, que pretendemos provar o nosso favoritismo. Já começámos a estudar o México, uma equipa com jogadores fortes e importantes. Estaremos prontos para jogar e vencer.”
Esta seleção mexicana tem diferenças para aquela com que Portugal disputou um amigável na preparação para o Mundial’2014, mas, no entender de Bruno Alves, a essência não mudou muito. “Esperamos as mesmas dificuldades que tivemos nesse jogo: uma equipa forte, que pressiona, organizada, que sai bem a jogar, contra-ataca muito rápido e que quer fazer bem nesta prova. Mas temos capacidade, coletiva e jogadores para vencer. Prevejo um jogo bom de se ver, aberto.”
Na próxima temporada – após um ano no Cagliari, em Itália –, o internacional luso vai vestir a camisola do Rangers. A controversa Taça das Confederações adiou-lhe a incorporação. “Já estive em várias competições, normalmente chego a meio das preparações. É um ajuste que as equipas têm de fazer. Não me cabe dar opinião sobre o formato desta competição”, argumentou.
De regresso à Rússia, Bruno Alves só teve palavras simpáticas para lembrar o período passado no Zenit: “Eu e a minha família fomos sempre muito bem tratados.”