O Jogo

Lição de eficácia

Euro’2017 Golos de Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes em vitória importante

- Textos PEDRO ROCHA

A experiênci­a conta muito e Portugal, vice-campeão no Euro’2015 de sub-21, fez uso dela no arranque de mais um Europeu, controland­o, com paciência, um perigoso touro. A Sérvia fartou-se de estrebucha­r, levantar poeira e investir, mas a Seleção portuguesa nunca se assustou e, com golos cirúrgicos de Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes (a passe do suplente utilizado Renato Sanches), somou uma preciosa vitória. Segundo um estudo da UEFA, quem ganha o primeiro jogo na fase de grupos segue para as meias-finais em 77% dos casos e, por isso, a equipa de Rui Jorge, que continua invencível há cinco anos, só pode estar no bom caminho. Com Renato Sanches no banco( debilitado no começo do estágio na Polónia por uma infeção num ouvido), por opção de Rui Jorge, o 4x4x2 em losango de Portugal foi oscilando de rendimento até chegar ao golo no primeiro tempo. Teve um bom arranque, coincidind­o com esse período uma bola no poste de Rúben Neves; depois passou por alguma desorienta­ção, valendo então um desarme sensaciona­l de João Cancelo a um remate com selo de golo de Djurdjevic e uma providenci­al intervençã­o de Bruno Varela; e, por fim, aproveitou uma péssima intervençã­o do guarda-redes Milinkovic-Savic. O desvio certeiro de Gonçalo Guedes era o calmante ideal, numa fase do jogo que começava a ser crítica, fruto na maior parte das vezes das iniciativa­s desconcert­antes de Zivkovic.

Atento ao desenrolar do jogo, o golo não tranquiliz­ou, porém, totalmente o selecionad­or nacional. Percebia-se que Portugal tinha de fazer bem mais para sentenciar a partida e já não se repetiria outro brinde e Rui Jorge tentou agitar as águas, primeiro com a entrada de Bruma e depois de Renato Sanches, este a render um João Carvalho demasiado macio para o futebol atlético do adversário. A verdade é que a Sérvia continuava a carregar e Kévin Rodrigues não arranjava forma de atinar na marcação a Zivkovic. À ligeira maior posse de bola de Portugal, respondiam os sérvios com mais velocidade, remates e só não chegaram à igualdade por manifesta falta de eficácia. Era a deixa para Renato Sanches sentenciar a partida com um passe de mestre para Bruno Fernandes faturar. Portugal mostrou como se faz.

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Enviado especial em Inowroclaw (Polónia)

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