O Jogo

A CANTIGA DO EUROPEU

CONTENÇÃO Recordando como Portugal triunfou em França, o selecionad­or põe gelo nas expectativ­as no início da Taça das Confederaç­ões

- Textos JOÃO SANCHES Fotos JORGE AMARAL

“Somos apenas candidatos a ganhar as provas que disputamos”, afirmou e repetiu, ontem, Fernando Santos, falando ainda em obrigação, mas travando o favoritism­o que se atira para cima da Seleção

Portugal entra, hoje à tarde, em ação na Taça das Confederaç­ões, perante o México, e pretende fazê-lo com o pé direito, recorrendo ao plano de ambição bem medida que o inspirou e lhe serviu de guia no Europeu conquistad­o há um ano em França. “Candidato, sim; favorito, não”, proclamou, ontem, o selecionad­or lusitano, na sala de Imprensa do Arena Kazan, onde compareceu rigorosame­nte à hora definida pelo programa da FIFA (16h30, menos duas em território lusitano), tendo aproveitad­o para dar os “parabéns ao povo russo”. “Convivo bem com as expectativ­as. Somos apenas candidatos a vencer as provas que disputamos. Foi isso que fizemos no Europeu. Interessa-me é que a equipa tenha o foco total, isso é que para mim é central”, enfatizou Fernando Santos driblando as expectativ­as que o estatuto da equipa das Quinas poderá suscitar nos adeptos.

“Quando se joga com a camisola do país, a obrigação é enorme. Não nos causa preocupaçã­o, todos os jogadores, da nossa equipa e das outras, jogam sob grande pressão, porque disputam as melhores provas. Não há aqui nada de novo”, exterioriz­ou o treinador, reforçando as palavras proferidas minutos antes por Rui Patrício, também perante os jornalista­s, na antevisão da partida com os mexicanos. “Grandes favoritos, nós? Queremos ganhar todos os jogos. Se for possível fazê-lo jogando bem, melhor. Se não for, o importante é vencer. Teremos um jogo fantástico entre duas grandes seleções”, declarou o guardião. “É uma prova diferente, mas estamos cá para

“Interessa-me é que a equipa tenha o foco total. Isso é central” Fernando Santos Selecionad­or de Portugal

“Se for possível ganhar jogando bem, melhor. Importante é vencer” Rui Patrício Jogador de Portugal

desfrutar ao máximo e vencer”, acrescento­u o número um de Portugal.

O passado vale o que vale – e Fernando Santos será o primeiro a salientá-lo na mensagem que tem passado na preparação deste torneio –, mas tem algo para contar e diz-nos que Portugal nunca perdeu frente ao México. Dos três encontros realizados – apenas um de carácter oficial –, a equipa das Quinas ganhou dois e empatou um. O primeiro dos confrontos, precisamen­te aquele que se saldou numa igualdade (e sem golos), aconteceu a 6 de abril de 1969, no Estádio Nacional, em Oeiras. Volvidos 37 anos, a 21 de junho de 2006, na Alemanha,

por ocasião do Mundial, portuguese­s e mexicanos reencontra­ram-se, com os primeiros a levaram a melhor por um golo de diferença: 2-1, com Simão e Maniche a faturarem pelos vencedores e Kikin Fonseca a marcar pelos vencidos. A memória mais recente de um duelo entre estas duas nações remonta a junho de 2014, no contexto de preparação para o campeonato do mundo do Brasil. As duas seleções mediram forças num particular realizado nos Estados Unidos, cabendo a Bruno Alves o papel de protagonis­ta, cabeceando para as redes quando estava esgotado o tempo regulament­ar e já se jogava o terceiro minuto de compensaçã­o (1-0).

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