Ronaldo é desta vez a questão de fundo
Fernando Santos aproveitou a conferência de Imprensa de lançamento do jogo para mostrar uma confiança ilimitada em Cristiano Ronaldo. Não podia fazer outra coisa, mas, neste caso, ele sabe que se tiver o seu capitão em forma e focado, pode mesmo ganhar a Taça das Confederações. Para a Alemanha, 13 vezes semifinalista em Mundiais e quatro vezes campeã do mundo, esta “prova dos campeões”, como lhe chama a FIFA, não significa muito, mas o “curriculum” de Portugal é bem menor. O CR7 é a grande figura desta Confed Cup. Isso é indiscutível. Se é mais ou menos bluff a história da sua saída do Real, interessa pouco, porque se não a desmentiu, é porque alguma ideia disso passou na cabeça do jogador e esse não é o melhor estado de espírito para uma prova rápida, de duas semanas, em que qualquer jogo mau pode ser irremediável. Com Ronaldo, qualquer equipa está mais perto de ganhar, sem ele está sempre mais longe. Ele não jogou a final do Euro? Sim, mas antes esteve lá e muitas vezes foi um exemplo de dedicação à equipa e ao jogo, para além de ter contribuído com três golos na prova. Sem Brasil, nem Argentina, nem Espanha ou França, Portugal é apontado por muita gente como o principal favorito. A Alemanha leva apenas três campeões do mundo (e só 21 jogadores) e há sempre aquele fantasma de que quem ganha esta prova nunca vence o Mundial. Não tenho dúvidas de que Ronaldo quer ganhar esta competição – porque é mais uma oportunidade para se distanciar de Messi. Falta saber se aos 32 anos, supostamente no meio da decisão da sua vida, estará em campo sem ser afetado pelos problemas exteriores.
GOSTOU
... de uma cerimónia de abertura simples, ao estilo da dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, embora sem púbico no estádio – de resto, o próprio jogo da “Sbornaja”, a seleção russa, não conseguiu encher o estádio (51 mil espectadores para 68 mil lugares em São Petersburgo). É a cidade de Putin e o presidente russo fez um discurso ao povo enquanto os seus jogadores aqueciam antes do jogo, pedindo “um triunfo do desporto” nesta Taça das Confederações. Ele que dias antes tinha mostrado muito pouca confiança na equipa russa, com muitos lesionados e em processo de renovação. Mas ganhou bem. E agora espera Portugal.
Aos 32 anos, supostamente no meio da decisão da sua vida, estará em campo sem ser afetado pelos problemas exteriores?