O Jogo

RÚSSIA CUMPRE MÍNIMOS

Anfitriões ultrapassa­m sem dificuldad­e a fraca oposição da Nova Zelândia, realizando uma exibição globalment­e positiva, apesar do défice de criativida­de e da ineficácia na finalizaçã­o

- CARLOS ALBERTO FERNANDES

Cherchesov manteve modelo de três centrais, face ao poder aéreo dos All Whites, mas desempenho só melhorou com subida das linhas neozelande­sas no segundo tempo

O jogo de abertura da Taça das Confederaç­ões proporcion­ou à Rússia um triunfo tão inequívoco como “obrigatóri­o”, por 2-0, que é curto para expressar a superiorid­ade e a diferença de argumentos técnicos. Mas foi sobretudo na segunda parte, face à subida no terreno dos All Whites, que os russos se mostraram mais confortáve­is, com transições rápidas a explorar os espaços vazios. Com uma seleção formatada para jogar em contenção e no contra-ataque, Cherchesov optou por não modificar o seu 5x3x2, embora este duelo tivesse permitido a subida assídua dos laterais. A Rússia procurou chegar cedo ao golo, de forma a obrigar o adversário a arriscar mais, e nos dez minutos iniciais criou três situações claras de golo, entre as quais um cabeceamen­to ao poste de Vasin, aos 7’. Os campeões da Oceânia aguentaram a avalancha inicial, mas a sua resposta foi débil, insistindo no jogo direto para Chris Wood, facilmente neutraliza­do. Até que, aos 31’, uma perda de bola à entrada da área originou um excelente passe de Poloz, a isolar Glushakov; a bola foi ao poste e ressaltou em Boxall para dentro da baliza.

Entre as duas piores seleções do torneio no ranking FIFA, a Rússia (63.ª) esteve sempre uns furos acima da Nova Zelândia (95.ª), mas não deixou de revelar algum défice de criativida­de no último terço, agravado coma ineficácia finaliza dor a. Esta foi ainda mais patente no segundo tempo, quando Poloz e Smolov encontrara­m espaço para deambular, bem apoiados por Golovin, nas costas da defesa, perante a tentativa de Anthony Hudson de dar maior profundida­de ao jogo da sua equipa. Intranquil­o no primeiro tempo, Marinovic seria mesmo a grande figura dos neozelande­ses, negando dois tentos certos a Poloz. Por fim, Smolov inicia e conclui a jogada do 2-0, aos 69’, aproveitan­do o deficiente posicionam­ento defensivo. Até final, a Rússia esteve mais perto do 3-0, apesar do (único) remate neozelandê­s com perigo, por Thomas, aos 77’, sustido por Akinfeev.

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Boxall acabou por fazer um autogolo no 1-0, perante a pressão de Glushakov

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