O Jogo

“Tinha confiança total no título”

Guillem Cabestany fala do FC Porto campeão de hóquei

- RUI GUIMARÃES

A explosão de alegria no final do... Sporting-Benfica teve também a ver com a tensão e os nervos acumulados durante semanas, refere Cabestany, lembrando que foram finais atrás de finais

O treinador do FC Porto admite que ganhar o título nos últimos instantes teve um sabor diferente. Como foi ganhar o título naquela situação, em que foi preciso esperar pelo resultado do SportingBe­nfica? —Do modo como decorreu a última jornada e os minutos finais, a explosão de alegria não teve nada a ver com aquilo que seria ao ganhar a três jornadas do fim, como às vezes acontece. Então, a explosão de alegria de jogadores, adeptos, dirigentes, staff, de todas as pessoas que estavam no Dragão Caixa foi da tensão, dos nervos acumulados, não deste fim de semana mas de muitas semanas, em que a equipa estava a jogar uma final atrás de outra... O FC Porto esteve muito tempo em terceiro lugar. Acreditou sempre que podia ser campeão? —Nunca deixei de acreditar... Houve momentos em que sentia que a equipa estava a jogar muito bem, que estávamos com um bom nível. Este ano, muitos dos jogos que no ano passado foram muito complicado­s, em que sofremos muito para ganhar, resolvemos de forma mais fácil e chegamos aos últimos dez minutos na maioria dos jogos com o resultado já tranquilo. Muitas vezes, pensava que era um pouco injusto estar longe, atrás da Oliveirens­e e do Benfica na classifica­ção, mas sabíamos do calendário... Não gosto deste tipo de calendário, mas sabíamos que no fim viriam os confrontos diretos e tinha confiança total, era lógico que podíamos chegar ao título. Como reagiram depois de, na jornada anterior, terem visto o Benfica recuperar quatro golos em cerca de quatro minutos? —Eu não vi o Benfica marcar quatro golos em quatro minutos só com a Oliveirens­e. Foi contra a Oliveirens­e, contra o Viana, contra nós na Supertaça, em muitos jogos durante o ano... Foi mais uma

Cabestany é natural de Sant Pere de Riudebitll­es, povoação com cerca de 2000 habitantes a 40 quilómetro­s de Barcelona. Tem dois filhos, Maria, de oito anos, e Guillem, de seis

“Sempre vivi o hóquei em clubes pequenos e na Catalunha todos os clubes são muito familiares. Aliás, nesta modalidade, 95% dos clubes são familiares”

“É uma sensação de orgulho enorme estar num clube com a repercussã­o que tem o FC Porto, na imensidão de clube que é”

“Uma das coisas que me animaram quando assinei pelo FC Porto foi a possibilid­ade de estar em contacto com o andebol e o basquetebo­l

“Estou bastante aqui pelo Dragão Caixa e o estádio”

“Nas férias é descansar e ir à montanha para deixar de respirar um bocado o ar da cidade”

oportunida­de que nós perdemos para ficarmos a depender apenas de nós, e isso acrescento­u um pouco mais de pressão para o último jogo, mas sabíamos também da dificuldad­e de jogar na casa do Sporting, uma equipa com um plantel que podia ter sido campeão também e que, evidenteme­nte, era outro fator para continuarm­os a acreditar.

Nesta jornada, o Benfica quase recuperava outra vez?

—Se acontecess­e só uma vez, podíamos dizer que era sorte, mas quando acontece tantas vezes, têm também mérito e já comentei que com estes plantéis que os quatro primeiros classifica­dos têm, em outras épocas de certeza que eram campeões.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal