O Jogo

VELOCIDADE LUSA GERA PREOCUPAÇíO

O guarda-redes Guilherme e o médio Miranchuk assumem que Cristiano Ronaldo não é o único elemento de Portugal a gerar apreensão

- PEDRO RIBEIRO

O fator casa e o apoio do público são vistos pelos jogadores russos como um trunfo importante para o embate de amanhã. Ontem, o dia foi aproveitad­o para analisar ao pormenor os campeões da Europa

O triunfo por 2-0 sobre a Nova Zelândia colocou a Rússia na liderança do Grupo A, porque México e Portugal empataram 2-2. Anfitriã da Taça das Confederaç­ões, a seleção orientada por Stanislav Cherchesov é a próxima adversária dos campeões da Europa, que ontem foram minuciosam­ente analisados. A revelação foi feita pelo guarda-redes Guilherme e pelo médio Miranchuk. Ambos explicaram que Portugal “não é apenas Cristiano Ronaldo”, realçando que o que mais os preocupa é a velocidade com que a Seleção Nacional sai para os contraataq­ues, mas realçam que o “apoio do público” dará força à Rússia para “ganhar ou, no mínimo, empatar”.

“Todos sabem do que é capaz o Ronaldo. Mas Portugal é mais do que apenas o Ronaldo. Há outros jogadores que podem fazer a diferença. É lógico que teremos de prestar atenção ao Ronaldo, mas não nos podemos esquecer dos outros jogadores”,salientouG­uilherme, guarda-redes nascido no Brasil, naturaliza­do russo e que tem sido a sombra do capitão Akinfeev. A ideia do perigo que representa­m outros jogadores portuguese­s foi reforçada por Miranchuk, que recorreu ao exemplo do que viu no 2-2 com o México. “Portugal jogou de forma competente. Nos primeiros 15 minutos, o México teve a iniciativa, aparenteme­nte porque os portuguese­s decidiram remeter-se mais à defesa. Mas, depois, começaram a conduzir os contra-ataques, que devem ser temidos.Têmjogador­esquese escapam e finalizam de um momento para o outro”, explicou

Guilherme Miranchuk.

Este médio ressalvou que “toda a seleção” assistiu ao Portugal-México e que o mesmo foi outra vez analisado ao pormenor após o treino para descobrir os pontos fracos de Portugal a explorar. Aqui, Guilherme deu uma indicação das conclusões já tiradas pelos russos: “Os portuguese­s, como os mexicanos, gostam de ter a bola e atacar, prestando pouca atenção à defesa.”

“Os portuguese­s gostam de ter a bola e atacar, prestando pouca atenção à defesa”

Guarda-redes da Rússia

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