O Jogo

Triunfo sofrido da Alemanha

Erros defensivos e de Leno ameaçaram vitória (3-2) de uma Mannschaft que só “durou” meia hora

- CARLOS ALBERTO FERNANDES

AUSTRÁLIA ALEMANHA Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi Mark Geiger (EUA)

Ryan; Degenek, Sainsbury e Wright; Behich, Mooy, Milligan e Leckie; Luongo (Kruse INT), Juric (Cahill 86’) e Rogic (Troisi 71’) Ange Postecoglo­u

Leno; Kimmich, Rudiger, Mustafi e Hector; Brandt (Sule 63’), Goretzka, Rudy, Stindl (Emre Can 78’) e Draxler; Wagner (Werner 58’)

Joachim Low Stindl (5’), Rogic (41’), Draxler (44’ g.p.), Goretzka (48’) e Juric (56’)

Goretzka (55’) e Sainsbury (64’)

nada a assinalar 2 3

A Alemanha assegurou o triunfo por 3-2 frente à Austrália, na sua estreia nesta edição da Taça das Confederaç­ões, mas sai de Sochi com alguma apreensão, devido à quebra de rendimento da segunda parte e pelas falhas defensivas que animaram o campeão asiático. O apito final foi um alívio para os reconfigur­ados campeões mundiais. A primeira meia hora não faria adivinhar o epílogo da tremedeira. A Mannschaft surgiu fiel à sua identidade, dominadora. Logo aos 5’, em movimento clássico, Brandt foge pela direita, vai à linha e faz um passe atrasado para o disparo fácil de Stindl, abrindo o ativo. Com controlo absoluto do meio-campo, onde Goret- zka sobressaiu, os germânicos jogavam a toda a largura e imprimiam mudanças de velocidade que desequilib­ravam os socceroos. Faltou inspiração a Brandt, e sobretudo, a Wagner para dar expressão à superiorid­ade.

A Austrália saiu com vida deste aperto e encontrou, aos 37’, deficiênci­as no posicionam­ento defensivo germânico. Após um livre, Sansbury surge isolado mas falha o cabeceamen­to. Logo a seguir, aos 41’, Rogic volta a encontrar espaço, remata torto, mas a bola

Joachim Low

Ange Postecoglo­u é devolvida e o mesmo jogador atira de novo, com o esférico a passar por baixo do corpo de Leno. Porém, três minutos depois, um penálti claro dá a Draxler o 2-1.

No segundo tempo, os germânicos ampliam logo aos 48’, com assistênci­a de Kimmich para Goretzka fuzilar – estreia a marcar pela seleção, tal como Stindl. Mas a dinâmica inicial não regressou. Aos 56’, Leno compromete de novo, defendendo para a frente um remate de longe, e Juric emenda para o 3-2. Sentiu-se o espectro do empate, com os germânicos mais retraídos, mas as entradas de Werner – que atirou ao poste, após grande jogada individual – e Emre Can ajudaram a sacudir a pressão. Um ensaio com altos e baixos da equipa experiment­al de Low, com uma média de 24,8 anos no onze, afinal idêntica à do adversário (25,3).

“Estou satisfeito. A primeira metade foi melhor do que diz o 2-1. Depois, a equipa perdeu ligação, mas é normal, porque para muitos foi o primeiro jogo oficial a este nível”, lembrou Joachim Low. Por sua vez, Postecoglo­u elogiou a sua equipa. “Jogámos ao nível da Alemanha nos segundos 45’, o 3-3 esteve perto. Estou orgulhoso”, afirmou.

“Perda de ligação é normal. É a estreia para muitos nestas competiçõe­s”

Selecionad­or da Alemanha “Estou orgulhoso. Jogámos ao nível da Alemanha nos segundos 45’ e o 3-3 esteve perto”

Selecionad­or da Austrália

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