RISCO ZERO
FERNANDO SANTOS NÃO FACILITOU NO ONZE E A EQUIPA SEGUIU-LHE O EXEMPLO Passes de Herrera apuram mexicanos
Amarelo afasta Pepe
das meias-finais
Ronaldo já é o segundo melhor marcador europeu de sempre
André Silva somou oitavo golo em onze jogos
Missão cumprida: Portugal está nas meias-finais da Taça das Confederações. O sucesso no Grupo A rendeu como bónus o regresso à calorosa cidade de Kazan. O único lamento é a suspensão de Pepe
A seriedade compensa e, no caso de Portugal e na forma como abordou o desafio diante da Nova Zelândia, o retorno traduziu-se numa goleada (4-0) e consequente concretização de um duplo objetivo: vitória no Grupo A da Taça das Confederações (a diferença de golos foi decisiva no desempate com o México) e regresso à calorosa cidade de Kazan, evitando uma viagem de quase 2400 quilómetros para Sochi. A má notícia é a ausência de Pepe na semifinal: por conta de um amarelo evitável, cumprirá castigo.
É racional, e não aleatória, a rotação de jogadores com que Fernando Santos vai conduzindo a Seleção. Com duas baixas nas laterais (Cédric juntou-se a Guerreiro após o último treino), mitigadas pela recuperação de Eliseu, que pôde fechar a esquerda, o treinador fez estrear Nélson Semedo na defesa e promoveu três trocas no meio-campo do 4x4x2, com Danilo, Moutinho e Quaresma a renderem William, Adrien e André Gomes. Os primeiros minutos confirmaram o cenário para o qual se foram preparando nos últimos dias: menos dotados tecnicamente do que mexicanos e russos, os neozelandeses têm alma, força e muita vontade de fazer e de correr. Wood inaugurou a coluna da estatística dos rematadores na partida, com Rui Patrício a responder à altura. Os campeões da Oceânia, armados em 5x3x2, iriam ser rápidos na troca de bola, sem floreados, procurando embaraçar pelos flancos, com cruzamentos para o matulão Wood, ou eventual sobra para o nada tosco Marco Rojas.
Aumentando a velocidade da circulação de bola e das combinações, a equipa das Quinas pôs-se rapidamente por cima e, beneficiando do entendimento entre Eliseu e Quaresma na esquerda, foi esfrangalhando a organização contrária, caminhando, golo a golo, para o resultado que mais lhe convinha. O rombo número um nasceu de uma falta sobre Danilo e do respetivo penálti, executado por Cristiano Ronaldo (32’ ), já depois de o capitão luso ter ficado às portas da celebração em dois momentos.
Com mais uma manobra de Quaresma e Eliseu, o segundo golo foi de Bernardo Silva, que encostou na pequena área e valorizou o passe do lateral. Após o descanso, o jogo recomeçou com uma novidade no onze luso, aparecendo Pizzi na esquerda em vez de Bernardo. O sentido da partida mantevese, mas os neozelandeses ainda deram que fazer a Patrício. A diferença seria autenticada na última dezena de minutos, obra de André Silva e Nani (que substituíra Ronaldo).