Fernando Santos “Alemanha ou Chile? É a mesma coisa”
Selecionador não estabeleceu diferenças na qualidade dos possíveis adversários nas meias-finais, mas admitiu que a prova entra noutra dimensão
Apesar da goleada, o treinador reservou vários elogios para a Nova Zelândia, cujos pontos fortes assentavam na disponibilidade física, mas que foram controlados por Portugal
É uma daquelas perguntas que, normalmente, recebem sempre a mesma resposta, mas nunca deixam de ser feitas. Fernando Santos nem quer ouvir falar em preferências entre Alemanha e Chile, respetivamente campeã do mundo e campeão sul-americano, nas meias-finais da Taça dasConfederações.“Éevidente que é a mesma coisa, são duas grandes equipas, com excelentes jogadores. Vi grande parte do desafio entre elas, agora irei debruçar-me nos adversários e preparar bem o jogo, seja qual for o oponente”, vincou o treinador de Portugal, perentório quando colocado perante o facto de os germânicos terem levado a melhor nos últimos quatro jogos oficiais com os lusos: “Nunca joguei contra a Alemanha. Este jogo foi com a Nova Zelândia, não sei quem é o adversário e não tenho capacidade para perceber o que vai acontecer.”
Poroutrolado,otécnicoalertou para a subida de exigência. “A partir de agora não há empates. São finais e só têm uma maneira de serem abordadas, vencendo”, sublinhou Fernando Santos.
Relativamente à análise da partida de ontem, o treinador serviu-se dos pontos fortes da Nova Zelândia para descrever o desempenho do campeão europeu. “Tem um futebol muito característico, com muitas segundas bolas e combate. Jogam com uma atitude importante, causaram vários problemas ao México. Era importante tirarmos à Nova Zelândia a capacidade no espaço aéreo e nas disputas individuais. Em muitos momentos fizemos bem, noutros nem tanto, mas a equipa correspondeu”, analisou Fernando Santos, que, sem deixar de considerar a vitória “justa”, admitiu que o adversário “merecia ter feito um golo”.
Se Portugal garantir a passagem à final, regressa à casa do Zenit, em São Petersburgo. Para já, sobra um desejo e um agradecimento. “Espero que haja tempo para que o relvado fique em melhores condições. Já estive aqui duas vezes e sempre vi uma cidade que adora futebol. Só podemos dizer obrigado e que no próximo domingo possamos dizer um obrigado ainda mais forte”, concluiu Fernando Santos.
“Já não há empates. São finais e só têm uma maneira de serem abordadas, vencendo”