A adrenalina de um título inesquecível e inspirador
Ia no início do curso quando se mudou do FC Porto para Valongo, “por incompatibilidade com o treinador”. Nesse ano, “jogava nos seniores e juniores”, nos intervalos estudava e pouco sobrava para dormir: “Quem tem paixão, concilia e todos me ajudaram sempre muito. Já tive exames em épocas especiais, já tive professores que facilitaram em algumas presenças.” No Valongo, foi campeão nacional em 2014: “Foi o ponto alto da minha carreira, histórico, inesquecível. Ninguém acreditava, todos pensavam que mais tarde ou mais cedo íamos tropeçar. O jogo em casa com o FC Porto é o que recordo mais vezes e que vou ver mais vezes à internet. É inspirador. Muitas vezes, antes de jogos importantes recordo-o.” Depois do título, veio o convite do Sporting, que João negou: “Foi uma semana complicada na minha vida. A proposta era aliciante, mas não se concretizou. Tinha acordo com o Valongo e pesou o curso, precisava de estabilidade para conciliar hóquei e estudos. Se tivesse ido se calhar não era agora finalista de Medicina.” Na Oliveirense, onde já é por duas vezes vice-campeão da Europa, diz que conheceu ”as melhores pessoas”. Este ano, a sua equipa “morreu” na praia, tanto na Europa como no campeonato. Para João, “falta cultura de vitória e se calhar também o impacto de emblemas como FC Porto e Benfica que a Oliveirense ainda não tem”. Ver os últimos jogos da bancada foi o mais doloroso: “Custoume o jogo em casa com Sporting. Temos de nos queixar de nós próprios. Perdemos aí o título. Na Luz, foi diferente; porque dependíamos do FC Porto.”