O Jogo

“IDADE NÃO CONTA NO BENFICA

O internacio­nal sub-20 português fala da inspiração que é sentir que a equipa B tem porta aberta para o plantel principal

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Após duas épocas nos encarnados, o agora médiocentr­o (que começou a carreira a extremo, como Pizzi) vai jogar um ano no Rangers, por empréstimo. Mas está de olho no plantel de Rui Vitória

Em janeiro de 2016, Dálcio deixou o Belenenses, onde já jogava pela equipa principal, para rumar ao Benfica, onde integrou desde então a formação secundária das águias. Atualmente emprestado ao Glasgow Rangers, o jovem de 21 anos em nada se arrepende da opção tomada, pois, quando olhava para o lado, via vários colegas dar o salto para a equipa de Rui Vitória. Agora na Escócia, às ordens de Pedro Caixinha, o médio-ofensivo, que também alinha a extremo, assegura a O JOGO que quer voltarà Luz, onde se opor a idade não ser um fator discrimina­tório.

“O Benfica lança dois ou três jovens por ano e sentimo-nos mais motivados por ver que a idade não conta. Como o meu pai dizia, o comboio só passa uma vez e estou preparado para o agarrar quando passar por mim. Tenho o sonho de jogar pela equipa principal do Benfica”, assegura o internacio­nal sub-20 português. A saída do clube da Luz, com o qual ainda tem dois anos de contrato, para o Rangers é vista como uma“oportunida­de de demonstrar valor” e poder “cumprir o sonho” de entrar no plantel sénior das águias. E, para isso, Dálcio até ganhou uma nova especialid­ade em 2016/17, sob a batuta de Hélder Cristóvão: depois de um percurso como extremo, no Sporting e no Belenenses, o jovem descobriu vocação para médio, imitando, nesse processo, a evolução de um colega que admira muito, Pizzi. “Treinei várias vezes com ele mas nunca lhe disse que o admirava, pois sou uma pessoa tímida [risos]. Pizzi é uma referência para mim, tem um futebol de que gosto e com o qual me identifico. Graças ao míster Hélder Cristóvão, a posição de médio é mais uma que acrescento­à minha carreira e, agora, todos os treinadore­s podem contar comigo aí, pois estou mais completo”, assume Dálcio, que também tem fascínio pelo holandês Robben.

O momento mais emotivo no Benfica foi quando as águias estiveram no Brasil, em 8 de outubro de 2016, para o jogo de despedida de Léo. Contra o Santos, o jovem saltou do banco para substituir Cervi, aos 63’. “Se me tremeram as pernas? Um bocadinho [risos]... mas depois correu tudo bem. Foi uma grande experiênci­a”, recorda.

Outro dos sonhos que Dálcio deseja ver concretiza­do é “jogar na Liga dos Campeões”, ele que, pelo Belenenses, participou na Liga Europa em 2015/16. Esta época, pelo Rangers, pode voltar a esta competição, dado que os escoceses entram amanhã na 1.ª pré-eliminatór­ia da prova, frente aos luxemburgu­eses do Progrès. “Essa hipótese de jogar na UEFA foi um fator extra de motivação para vir para a Escócia. Quero brilhar nesta grande montra”, promete Dálcio. O balanço que leva da época passada no Benfica B pode ajudar: em 2016/17 esteve em 33 jogos da II Liga, alinhando 2531 minutos.

Referência: o jovem jogador diz que Pizzi tem um futebol com o qual se identifica

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