O Jogo

VIVOS PARA O ASSALTO AO COFRE SUÍÇO

Sem grande inspiração, Portugal dominou, teve superiorid­ade numérica durante uma hora, mas só conseguiu marcar uma vez

- Enviado especial a Budapeste bbb TOMAZ ANDRADE

Um golo de André Silva, após assistênci­a de Ronaldo, manteve a Seleção Nacional viva no apuramento para o Mundial’2018. A Hungria abusou do jogo perigoso e fechou bem os espaços para a sua baliza A Seleção Nacional resistiu ao ambiente adverso, e sobretudo à agressivid­ade dos húngaros, conseguind­o um importante triunfo na caminhada rumo ao Mundial’2018 e mantendo a distância de três pontos para a Suíça, que, como se esperava, também somou mais uma vitória. Longe de ter sido uma exibição brilhante, pois houve momentos mesmo de pouca inspiração, o essencial foi obtido, com o golo solitário de André Silva, a abrir a segunda parte,arevelar-sedetermin­ante para desequilib­rar um jogo quase sempre dominado por Portugal, que jogou cerca de uma hora com mais uma unidade devido à expulsão de Priskin, uma situação que acabou por ser mais penalizado­ra para a equipa nacional, por causa da forma como o adversário se fechou, defendendo com todos os jogadores.

Fernando Santos fez mesmo alterações no onze em relação ao jogo com as Ilhas Faroé, algumas delas esperadas, como as entradas de Bruno Alves e Fábio Coentrão para os lugares de José Fonte e Eliseu, respetivam­ente, e outras nem tanto, como as trocas de William Carvalho por Danilo Pereira e Bernardo Silva por Gelson Martins. A ideia foi refrescar a equipa em termos físicos, devido ao pouco tempo de intervalo entre os jogos, e também, obviamente, tentar surpreende­r a Hungria, especialme­nte com a velocidade e repentismo do extremo sportingui­sta, que acabou por não estar muito em jogo. Apesar deter sido a Hungriaa primeira achegarà baliza, Portugal respondeu em força, com um início prometedor, destacando-se três oportunida­des de golo até ao minuto nove, duas por Cristiano Ronaldo e outra por Danilo, que serviram para deixar o adversário em sentido.

Apesar de a equipa portuguesa controlar a posse de bola, aos poucos o jogo foi ficando mais equilibrad­o e também mais agressivo, com jogadas violentas por parte dos húngaros. Logo depois de Fábio Coent rã o ter sido substituíd­o por Eliseu devido a lesão, aos 28 minutos (nada a ver com qualquer falta dos magiares), Priskin deu uma cotovelada a Pepe, que ficou a sangrar, e viu o cartão vermelho, o que resultou numa tática mais fechada por parte da equipa de Bernd Storck. Com menos espaços na zona ofensiva, a Seleção Nacional optou por rápidas circulaçõe­s de bola à procura de uma frincha para alvejar a baliza adversária, sem ter conseguido qualquer concretiza­ção até ao intervalo, também por culpa de André Silva, que, aos 45 minutos, rematou contra Gulácsi quando estava em boa posição. O avançado redimiu-se logo a abrir a segunda parte, aproveitan­do bem uma assistênci­a do inevitável Ronaldo e fazendo um golo que não mudou em nada o cariz do jogo, dado que a Hungria se manteve fechada e a Seleção Nacional, com João Moutinho ao comando, continuou com posse de bola esmagadora sem conseguir superiorid­ade na concretiza­ção. E sem o segundo golo, o jogo terminou com um susto para Portugal, valendo a defesa de Rui Patrício após cabeceamen­to de Fiola. Seria injusto.

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Eliseu foi o primeiro a entrar na equipa portuguesa
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