O Jogo

SCHELOTTO: “COM JESUS TIVE RELAÇÃO DE PAI E FILHO”

SCHELOTTO A O JOGO, o ítalo-argentino não quis revelar o que levou ao seu afastament­o, preferindo elogiar Jorge Jesus

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“O que aconteceu fica dentro de portas, é assim que sempre geri a minha carreira” “Com Jorge Jesus tive uma relação de pai e filho, estou-lhe agradecido” “Tinha vontade de jogar em Inglaterra e o projeto do Brighton seduziu-me”

Reconhecen­do a importânci­a do treinador no seu cresciment­o futebolíst­ico, o Galgo assumiu o desgosto de deixar os leões quando pensava ficar mais anos. Os adeptos são das boas recordaçõe­s que leva

(Argentina) Ezequiel Schelotto chegou em novembro de 2015 a Alvalade, a custo zero, e deixou o clube há dias, rumo ao Brighton, a troco de três milhões de euros. Uma mudança que lhe agrada, por lhe permitir atuar na liga inglesa, mas que o apanhou de surpresa, reconhece o ítalo-argentino. Em época e meia pelos leões, Schelotto participou em 43 desafios, sendo afastado do grupo no início dos trabalhos desta época, dispensado por Jorge Jesus. A O JOGO, o lateral preferiu recordar o impacto positivo do técnico na sua carreira, do que explicar os motivos do seu afastament­o surpreende­nte, reservando apenas palavras elogiosas para Jesus e o Sporting, tal como para os adeptos. Assumiu, no entanto, a tristeza pelo sucedido, logo numa altura em que previa manter-se no clube várias épocas, pois a sua filha nasceu em Lisboa, em abril, além de ter aberto um restaurant­e na capital. Com que recordaçõe­s abandona o Sporting? —Levo boas recordaçõe­s. Vivemos grandes momentos e coisas muito lindas. No meu caso, foi com a camisola do Sporting que me estreei na Liga dos Campeões, além de termos lutado do princípio ao fim pelo título e termos ficado muito perto. Quando assinei, foi como um desconheci­do total para o mercado português, mas os adeptos sempre me deram o seu apoio. Não me posso lamentar e as minhas palavras serão de agradecime­nto eterno para o público que me deu ânimo e me fez sentir em casa. Tendo isso em conta, porquê a saída? —Fui seduzido por Inglaterra, uma possibilid­ade pouco frequente nas nossas curtas carreiras. Deixo de disputar outra Champions, de lutar pelo título e de estar num clube que é um dos grandes de Portugal e do continente. Mas tinha vontade de jogar em Inglaterra. Tenho excelente relação com os meus ex-colegas. Desejolhes o melhor, creio que têm nívelcolet­ivoparaser­emcampeões de Portugal. E se continuare­m assim unidos não tenho dúvidas de que o vão conseguir e darão uma alegria aos adeptos, que merecem festejar depois de tantos anos. Foi noticiado que teve um desentendi­mento com Jorge Jesus. O que é que se passou? —Nos últimos meses escreveram-semuitasco­isas...Nem sei por onde começar. Só direi que os rumores eram mentira para desgastar a minha imagem e a do treinador. Por sinal, desde que cheguei ao clube, joguei sempre. Depois, ele tomou uma decisão e eu aceitei. Não gostei de sair desta forma, mas aceito e faz parte do futebol. Desejo-lhe o melhor a ele e ao clube. Que decisão foi essa de que fala? —Oqueaconte­ceuficaden­tro de portas. Foi assim que sempre geri a minha carreira e esta vez não será a exceção. Sinceramen­te, com Jorge Jesus tive uma relação de pai e filho, estou profundame­nte agradecido por me ter ensinado tanto e por fazer de mim um futebolist­a mais completo ao colocar-me como lateral-direito. Uma posição que me permitiu estar na corrida para ir à seleção da Argentina e que espero que me volte a aproximar dela. Quer deixar alguma mensagem aos adeptos? —Que me desculpem pela forma como saí. Gostava que tivesse sido diferente, mas quero que saibam que, a partir de agora, contam comigo como mais um torcedor que apoia a equipa para alcançar os títulos que merecemos pela história do clube. Como surgiu a possibilid­ade de se mudar para o futebol inglês? —O meu representa­nte passou-me a proposta, que me seduziu porque estamos a falar da melhor liga do mundo e é um grande desafio para a minha carreira. Em breve começo a treinar e não vejo a hora de me estrear na Premier League.

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