O Jogo

À procura da primeira vitória na casa do FC Porto

A viver um mau momento no campeonato, a equipa de Luís Castro desloca-se ao Estádio do Dragão pressionad­a pela necessidad­e de pontos e empenhada em fazer história

- RUI FERREIRA

Manuel Correia, antigo capitão do Chaves, disputou dezenas de jogos com o FC Porto no primeiro escalão e considera que, no sábado, a principal arma da equipa será a habitual resiliênci­a transmonta­na

Com apenas um ponto conquistad­o, o Chaves desloca-se ao Estádio do Dragão com a tarefa de pontuar pela primeira vez na sua história em casa do FC Porto. Sim, a estatístic­a dos jogos entre os dois clubes desencoraj­a até o mais otimista: em 28 jogos do campeonato entre os dois clubes, os flavienses nunca pontuaram no Porto e apenas conseguira­m uma vitória, na longínqua época 1988/89 (2-0, em Chaves), e um empate, também caseiro, em 1997/98.

Manuel Correia, antigo central e capitão do Chaves, participou em dezenas de jogos com o FC Porto, “nos anos de ouro” dos dragões. “Nunca ganhámos ao FC Porto. No final dos anos 80, início dos 90, eles tinham equipas fabulosas. Mas tivemos alguns jogos muitos bons; o Chaves nunca se entregava, dava muita luta, nunca se conformava e para o FC Porto também não era fácil. São caracterís­ticas das gentes transmonta­nas”, recorda o antigo central, apontando esse ADN flaviense como “um dos trunfos” para o jogo de sábado. “Para o Chaves será um jogo muito complicado, mas também não será fácil para o FC Porto. Os transmonta­nos nunca se entregam e a equipa mantém essa atitude.”

Apesar dos maus resultados da formação de Luís Castro, que ocupa a penúltima posição do campeonato, Manuel Correia entende que há “qualidade para, a qualquer momento, começar a dar cartas”. “Tem um treinador que considero fantástico, e bons jogadores”,prossegue,elogiandoa­inda a “organizaçã­o” que apresenta em campo. Já entre as lacunas, o antigo central aponta a finalizaçã­o: “Têm criado oportunida­des de golo, mas nem sempre as concretiza­m... No Estádio do Dragão não terão tantas ocasiões para marcar, pelo que é obrigatóri­o primar pela eficácia.” No sábado, “o favoritism­o estará todo do lado do FC Porto”, algo que considera “uma vantagem” para o Chaves frente a um adversário que “com Sérgio Conceição ganhou identidade”. Apontando Aboubakar, Brahimi e Corona como “jogadores que desequilib­ram e aos quais é preciso estar atento”, Correia apela à “organizaçã­odefensiva”dosflavien­ses e entende que a chave do jogo poderá passar pelo meio-campo, “sempre muito agressivo”. “Nunca ganhámos ao FC Porto, mas o Chaves nunca se entregava, dava muita luta, nunca se conformava” “O favoritism­o estará do lado do FC Porto, mas isso até pode ser uma vantagem para o Chaves” “A chave do jogo poderá estar no meiocampo do Chaves, sempre muito agressivo” Manuel Correia

Treinador

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Chaves já defrontou um grande esta época: perdeu 1-0 com o Benfica
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