Prédio do árbitro Vasco Santos vandalizado
ARBITRAGEM Conselho de Arbitragem da FPF condenou este tipo de comportamento que visa “perturbar os agentes da arbitragem” e fez chegar às autoridades “toda a informação disponível”
Vasco Santos, do Porto, foi videoárbitro no BenficaBelenenses (5-0), de que resultou a abertura de um processo a Eliseu, por alegada conduta violenta, e que entretanto foi arquivado pelo CD
O prédio onde habita Vasco Santosfo ivan daliza dona madrugada de ontem, segundo informação divulgada pelo Conselho de Arbitragem da FPF. Vasco Santos foi videoárbitro do Benfica-Belenenses, da terceira jornada da I Liga, de que resultou a abertura de um processo a Eliseu, por alegada prática de jogo violento, e que viria a ser arquivado pelo Conselho de Disciplina.
OCA da FPF apresentou queixado sucedido na residência do árbitro do Porto, fazendo chegar“toda a informação disponível às autoridades, a exemplo do que sucedeu noutras ocasiões com episódios da mesma natureza”. O órgão presidido por José Gomes condenou “este tipo de comportamento que visa perturbar os agentes da arbitragem”.
Também a Liga repudiou “todo e qualquer ato de violência, agressividade e vandalismo que envolva os verdadeiros intérpretes do futebol profissional” e criticou os “atentados a coberto do anonimato”, que não são compatíveis “com os valores defendidos por todos os responsáveis pela modalidade”. A Liga apelou ainda à “serenidade dos adeptos, em prol dos seus emblemas e da integridade das competições”.
Luciano Gonçalves, líder da APAF, considerou que este “é mais um triste episódio que envergonha o futebol português”, aproveitando para criticar o comportamento dos dirigentes: “Os castigos aplicados aos árbitros são efetivos, enquanto os discursos dos dirigentes, que lançam ódio nas massas, continuam a passar impunes. As vítimas são sempre as mesmas. É preciso uma tragédia? Não se queixem se só colocarem trancas à porta depois da casa arrombada”, defendeu, garantindo que estas situações “não limitam os árbitros”. “Infelizmente, já estão habituados a este clima ”, acrescentou, sublinhando que “as famílias dos árbitros não estão descansadas”.
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