O Jogo

Jesus irónico: “O grupo é fraquinho…”

JORGE JESUS Ainda que mostre confiança no grupo que tem ao seu dispor, o técnico olha para o Olympiacos como um osso duro de roer, analisando a Champions de forma cirúrgica, ou seja, “jogo a jogo”

- Textos RUI MIGUEL GOMES Fotos GERARDO SANTOS

Velocidade do ataque dos gregos é o que mais preocupa o técnico, que está confiante, desvaloriz­ando qualquer influência do público no jogo: “As questões coletivas e individuai­s é que contam”

Jorge Jesus sabe que os gregos costumam dar trabalho aos portuguese­s – ele que em dois jogosco mo Olympiac os, então pelo Benfica, não logrou mais do que um empate caseiro em 2013/14, na Ligados Campeões –, daí que reconheça que a sua equipa “vai ser apertada”. Ainda assim, deixa uma nota de confiança: “Temos equipa para fazer um bom jogo e vencer.”

Como tem de jogar o Sporting para vencer o Olympiacos?

—Temos de jogar dentro daquilo que fizemos em Bucareste, e o Olympiacos é mais forte. É preciso seguir a nossa estratégia e as ideias que temos, o jogo depois dita o resto. Se não colocarmos as nossas ideias no jogo, as coisas vão complicars­e. Os jogadores da frente do Olympiacos vão criar-nos problemas. Mas que armas tem a sua equipa num ambiente adverso? —Bom, o ambiente pode ter alguma influência em termos de motivação para o Olympiacos, mas também para nós, que gostamos de jogarem ambientes com paixão, com adeptos que estão sempre com a equipa. Também estamos galvanizad­os. Importante­éa qualidade das equipas, dos jogadores do Sporting, em quem confiamos muito. Estamos com a mesma confiança que tivemos na Roménia, sabendo que vamos ser apertados. Teremos momentos de jogo complicado­s, mas faz parte do que pensámos em termos de estratégia de jogo. Acreditamo­s que daremos o pontapé de saída comum a vitória. Oambienteé­o que in- fluencia menos. Claro que jogarem casado Olympiac os lhes dá algum favorecime­nto. Temos de encontrar argumentos para explorara nossa qualidade coletiva e individual.

O treinador do Olympiacos, Besnik Hasi, disse que o Sporting se reforçou a

pensar nas provas europeias, ao contrário do ano passado, em que tinha uma equipa mais para o campeonato, e recusou favoritism­os. Concorda? —Não vamos separar o Olympiacos dos nossos rivais da fase de grupos. Se queres estar com os melhores, tens de ter capacidade para jogar com eles; olhamos para o Olympiacos como fazemos com Juventus e Barcelona. O primeiro rival é o Olympiacos, queremos vencer. Este treinador [Besnik Hasi] conhece muito bem o Sporting, treinava o Légia Varsóvia, que na época passada jogou connosco na Liga dos Campeões, fala com propriedad­e. Não há favoritism­o na fase de grupos, dentro do campo é que se vê. Se estivesse em Portugal, brincava e diria que a favorita... já sabem o que é.

No ano passado, a equipa conseguiu deixar uma boa imagem nos jogos que fez na Liga dos Campeões, faltando materializ­ar isso em pontos. O que deve ser feito de diferente?

—Acho que o grupo é fraquinho, por isso temos grandes possibilid­ades de fazer muitos pontos [ironizou]... O que sei é que fizemos uma pré-eliminatór­ia pensando que queríamos estar entre os melhores. Calhou-nos um grupo forte e se queremos estar nesta fase, não nos podemos lamentar de quem são os adversário­s. Temos todas as possibilid­ades de pontuar com o Olympiacos. Não podemos olhar para esta fase a fazer contas. Temos de ir jogo a jogo, os adversário­s têm as mesmas possibilid­ades que nós.

Já jogou frente ao Olympiacos pelo Benfica, concretame­nte em 2013/14, e perdeu na Grécia quando teve muitas possibilid­ades de vencer. Quando lhe calhou o campeão grego no sorteio, teve imagens desse jogo?

—São realidades completame­nte diferentes, agora o Olympiacos­t em outrosjog adores e oS por tingéo Sporting. Importa valorizar o atual Olympiacos,u ma equipa criativa do ponto de vista ofensivo, que tem em Fortounis, Marin, Sebá, Odjidja e Carcela, que conhecemos muito bem do futebol português, jogadores com fantasia no plano ofensivo. Issoéo que temos de contrariar. Queremos lançar o nosso jogo, temos capacidade para vencer e fazer um bom jogo.

“Estamos com a mesma confiança que tínhamos na Roménia, mas o Olympiacos é mais forte e perigoso” “Defrontare­mos uma equipa criativa no ataque, com Fortounis, Marin, Sebá, Odjidja e Carcela, que conhecemos bem”

Jorge Jesus Treinador do Sporting

Goleador Técnico “só pede” que Bas Dost marque tanto como em 2016/17

Os 36 golos apontados por Bas Dost na última temporada são bitola que o técnico leonino deseja ver atingida esta estação pelo internacio­nal holandês. Jorge Jesus recusou a ideia de que a forma de atuar do goleador da última Liga tenha mudado, deixando, porém, a ressalva de que os defesas “já sabem como ele joga”, logo, advogou, “está mais difícil marcar golos”. “Não tenho ideia do que pode fazer este ano, apenas tenho ideia do que fez no ano passado. E aí, foram 36 golos na época, por isso quero que faça igual; nem é preciso mais. As coisas estão mais difíceis em Portugal para marcar, pois os adversário­s já o conhecem melhor. Gostava que fosse igual ao ano passado em termos de golos”, sublinhou.

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